Serviço Geológico do Brasil apresenta estudo de geofísica da Bacia do Parnaíba

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Serviço Geológico do Brasil apresenta estudo de geofísica da Bacia do Parnaíba

Iniciativa busca fornecer informações que contribuam para o entendimento das potencialidades petrolíferas, minerais, hídricas e ambientais




O conhecimento geológico do Brasil é essencial para o planejamento de políticas públicas voltadas ao desenvolvimento sustentável dos recursos minerais, além de ser uma fonte essencial para a gestão ambiental.

Nessa perspectiva, o Serviço Geológico do Brasil (SGB) disponibiliza “Estudos geofísico-geológicos em borda de bacias sedimentares terrestres brasileiras – área piloto: borda oeste da Bacia do Parnaíba”, um Informe de Geofísica Aplicada, vinculado ao Programa Geologia, Mineração e Transformação Mineral, para a comunidade técnico-científica, empresários do setor mineral e a sociedade em geral.

O principal objetivo dos estudos geológico-geofísicos em bordas de bacias sedimentares é analisar sistematicamente os contextos geológicos em áreas de transição entre essas bacias e o embasamento cristalino. Além disso, busca-se fornecer informações que contribuam para o entendimento das potencialidades petrolíferas, minerais, hídricas e ambientais.

Para o chefe da Divisão de Sensoriamento Remoto e Geofísica do SGB, Iago Costa, esse Informe de Geofísica Aplicada representa o pontapé inicial de uma série de estudos geofísicos em bordas de bacias sedimentares brasileiras. “Tendo a borda oeste da Bacia do Parnaíba como área piloto, nossos pesquisadores apresentaram diversas análises que subsidiam o entendimento da evolução tectônica da região, sua caracterização geofísica e suas correlações com depósitos sedimentares”, informou.

A Bacia do Parnaíba, localizada na região nordeste ocidental do Brasil, abrange uma área de estudo com 350 km de largura, que inclui a Faixa Araguaia de aproximadamente 150 km. É relevante destacar a parte que engloba o Cráton Amazônico nessa região. Cerca de 200 km da borda, para o interior da bacia são analisados, evidenciando a extensão das estruturas do embasamento rochoso, que são fundamentais para compreender a evolução sedimentar, tectônica e a formação de depósitos minerais.

Os trabalhos realizados envolveram a interpretação inicial de dados geofísicos, sejam sísmicos ou não sísmicos (magnéticos, gravimétricos e radiométricos), com a integração de informações geológicas já existentes, como perfis de poços e dados de sensores remotos disponíveis em bases de dados institucionais.

Segundo o pesquisador em geociências, Diogo Alves De Sordi, os mapas interpretativos apresentaram informações, como o traçado dos lineamentos magnéticos e as estruturas magnéticas, as regiões com derrames básicos, a geometria dos grabens, os corpos máficos e ultramáficos e o arcabouço estrutural interpretado da região. Essas interpretações podem ajudar na cartografia geológica e na descoberta de áreas prospectáveis.

Ele acrescentou que "o projeto-piloto demonstrou que a integração dos dados geofísicos em regiões de borda de bacias pode trazer uma visão mais ampliada dos limites dos grandes blocos tectônicos, o que motiva a busca pelo conhecimento dos processos que formam esses terrenos. O Brasil possui várias bacias intracratônicas que podem ser estudadas com essa metodologia."

A área de estudo, de vasta extensão, abrange diversos blocos tectônicos divergentes, gerando características distintas, devido à interação desses domínios. A Bacia do Parnaíba apresenta características relevantes, fazendo limite com uma das províncias minerais mais importantes globalmente e de comprovado potencial econômico na prospecção de gás.

Sua posição estratégica entre os crátons Amazônico e São Francisco, junto a outros blocos importantes, resultou em diferentes estágios de formação, gerando ambientes característicos, com variados trends estruturais e fases deformacionais, conforme a reologia dúctil-rúptil e direções preferenciais.

Com a entrega desse Informe, o SGB reforça seu compromisso com a política governamental de atualizar o conhecimento geológico do país. Isso é realizado por meio de levantamentos geológicos básicos, geoquímicos e geofísicos, e pela avaliação integrada das informações, que são essenciais para o desenvolvimento regional e como subsídio importante para a formulação de políticas públicas e decisões de investimento.

Além disso, expressivos investimentos recentes em geofísica, tanto na aquisição de dados aerogeofísicos quanto na obtenção de equipamentos de geofísica terrestre, permitiram aos pesquisadores do SGB desenvolver trabalhos de excelente qualidade na aplicação de dados geofísicos para solucionar problemas geológicos.

Veja aqui o Informe de Geofísica Aplicada sobre Estudos geofísico-geológicos em borda de bacias sedimentares terrestres brasileiras – área piloto: borda oeste da Bacia do Parnaíba.

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