Congresso debate gestão de recursos e uso racional de águas subterrâneas

Terça-feira, 02 de agosto de 2022

Congresso debate gestão de recursos e uso racional de águas subterrâneas

Congresso apresenta características das águas subterrâneas, índices de uso e o planejamento e gerenciamento dos recursos.

O XXII Congresso Brasileiro de Águas Subterrâneas teve início na manhã desta terça-feira (02), em São Paulo, com o desafio de reunir especialistas, empresas, estudantes e gestores públicos na busca por soluções para a preservação e uso consciente de águas subterrâneas.

O Serviço Geológico do Brasil (SGB-CPRM) é uma das principais instituições presentes no Congresso – e terá mais de 18 momentos na programação, entre palestras, apresentação de artigos, mesas redondas e sessões técnicas, além de um estande para divulgação e disponibilização de material técnico.

O Congresso segue até sexta-feira (05) e a diretora de Hidrologia e Gestão Territorial, Alice Castilho, representou o Diretor-presidente do SGB-CPRM, Esteves Colnago, durante a abertura do evento. Castilho reforçou a importância da iniciativa para o acompanhamento do cenário das águas subterrâneas no Brasil, além de convocar os presentes para participarem das apresentações dos pesquisadores do Serviço Geológico do Brasil.

A diretora finalizou sua fala destacando que o Congresso é uma oportunidade para atualização sobre a crescente demanda por águas subterrâneas, assim como importante para conhecer os estudos, o monitoramento, a disponibilização de dados, informações e os avanços tecnológicos que tratam da gestão de águas no Brasil.

Em paralelo ao Congresso também acontece o XXIII Encontro Brasileiro de Perfuradores de Poços e a Fenágua 2022 – Feira Nacional da Água. Confira a programação completa aqui

Conferência Magna

Com o tema ‘Águas Subterrâneas: Invisível, Indivisível e Indispensável’, a Conferência Magna do Congresso seguiu com discussões sobre a distribuição de águas no planeta e o percentual no Brasil – que detém 12% da água doce no mundo. Alice Castilho conduziu a palestra apresentando as características das águas subterrâneas, índices de uso e o planejamento e gerenciamento dos recursos.

De acordo com a diretora do SGB-CPRM, é preciso entender o caráter indivisível das águas subterrâneas e o comportamento dos aquíferos e, a partir desse entendimento, gerenciar seus usos de maneira integrada. E, por fim, ressaltou o quanto a água subterrânea é indispensável e os riscos aos quais o fornecimento de água está exposto.

A Pandemia da Covid-19, a Guerra da Ucrânia, a dependência aos fertilizantes importados, a reglobalização, a transformação de matrizes energéticas e as mudanças climáticas, também foram apontadas por Castilho como motivos que farão a demanda por água doce aumentar – e o protagonismo do Brasil no fornecimento deste recurso.

Castilho reforçou a atuação do SGB-CPRM no desenvolvimento de pesquisas para conhecer e gerenciar os recursos naturais - além de ser o responsável pelas análises da água mineral que é consumida no país. As interfaces da água com Mineração e os planejamentos para a melhoria das escalas dos mapas também foram citados - assim como a importância do Siagas (Sistema de Informações de Águas Subterrâneas), que mantém cerca de 350 mil poços cadastrados, e do trabalho da Rimas (Rede Integrada de Monitoramento das Águas Subterrâneas) em todo o país.

Ao final da manhã de atividades, a diretora Alice Castilho, entregou o Prêmio Abas - As Águas Subterrâneas: a personalidade da Hidrogeologia Biênio 2017-2018 – ao presidente da Abas, José Paulo Martins Neto.

David Teles Ferreira
Assessoria de Comunicação
Serviço Geológico do Brasil - CPRM
Ministério de Minas e Energia
imprensa@cprm.gov.br
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