Congresso Abas: mesa redonda apresenta os Aquíferos Cársticos do Brasil

O XXII Congresso Brasileiro de Águas Subterrâneas manteve em seu primeiro dia de programação uma mesa redonda para apresentar os 'Aquíferos Cársticos do Brasil: desafios para uma Exploração Sustentável". A pesquisadora do Serviço Geológico do Brasil (SGB-CPRM), Maria Antonieta Alcântara Mourão foi uma das debatedoras.

O carste é formado por rochas que sofreram processos geoquímicos que levaram à sua dissolução, formando cavernas e condutos que armazenam água subterrânea.

Em sua fala, Mourão reforçou o trabalho que o SGB-CPRM desenvolve na Bacia do Rio Verde Grande, região norte de Minas Gerais, e que é executado em parceria com a Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA).

Os estudos avaliam uma área de cerca de 30 mil quilômetros quadrados - à margem direita do rio São Francisco - e identificam aquíferos cársticos próximos à cidade de Montes Claros.

A partir destas pesquisas, será possível estabelecer a relação entre esses áquiferos e os mananciais superficiais e, assim, contribuir para a elaboração de um marco regulatório para a gestão integrada de águas superficiais e subterrâneas dessa região - sejam para irrigação ou abastecimento.

Já é possível perceber que, ao longo dos anos, a vazão média do rio Verde Grande está diminuindo, principalmente com análises hidrológicas. Estações pluviométricas em Montes Claros também apontaram que as chuvas mudaram de comportamento nos últimos anos - ou seja, há mais consumo e menos chuvas, o que tornam mais urgentes estudos para novas fontes de água, além da gestão eficiente destes recursos.

David Teles Ferreira
Assessoria de Comunicação
Serviço Geológico do Brasil - CPRM
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