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Pedra do Pontilhão ou Pedra do Vento
Domingos Martins -
ES , Lat.:
-20.397882462 Long.:
-40.568828583
Última alteração: 17/12/2021 17:07:23
Última alteração: 17/12/2021 17:07:23
Status: Em análise
Sítio da Geodiversidade de Relevância Nacional.
Valor Científico:
155
Valor Educativo:
300 (Relevância Nacional)
Valor Turístico:
255 (Relevância Nacional)
Risco de Degradação:
175 (Risco Baixo)
Identificação
Designação
Nome do Sítio: | Pedra do Pontilhão ou Pedra do Vento |
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Título Representativo: | Um lugar com cenário de grande beleza paisagística |
Classificação temática principal: | Petrologia |
Classificação temática secundária: | Geomorfologia |
Registro SIGEP (Comissão Brasileira de Sítios Geológicos e Paleobiológicos) com o Nº : | Não |
Sítio pertence a um geoparque ou proposta de geoparque: | Não |
Localização
Latitude: | -20.397882462 |
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Longitude: | -40.568828583 |
Datum: | WGS 84 |
Cota: | m |
Estado: | ES |
Município: | Domingos Martins |
Distrito: | |
Local: | |
Ponto de apoio mais próximo: | |
Ponto de referência rodoviária: | |
Acesso: |
Imagem de identificação
Resumo
Resumo |
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São ortognaisses de composição tonalítica, subordinadamente granítica, granodiorítica e diorítica. Dispõem-se em faixas alongadas geralmente com direção NE a NNE. Fazem contatos com várias litologias da região. Os contatos com rochas aluminosas do Complexo Nova Venécia são por zonas de cisalhamento transcorrentes, contracionais de baixo ângulo e transicionais. Também são observados contatos transicionais com os gnaisses enderbíticos. As rochas desses ortognaisses são de cor cinza-clara e esbranquiçada, às vezes cinza escura, granulação grosseira e são compostas por quartzo, feldspato, biotita, pouca granada e, localmente anfibólio. São observados zonas de blastese sobre os ortognaisses. Petrograficamente as rochas possuem textura granular alotriomórfica, granoblástica, granonematolepidoblástica, onde a foliação é definida pela disposição e orientação planar incipiente preferencial dos minerais máficos. Observa-se ocasionalmente porfiroblastos de feldspato idioblásticos. Texturas magmáticas preservadas, especialmente do tipo cumuláticas, e de cristais zonados de plagioclásio, indicam deformação em estado plástico. A mineralogia essencial dos ortognaisses tonalíticos são quartzo, plagioclásio (oligoclásio-andesina), biotita, feldspato potássico, granada e hornblenda. Os minerais acessórios são allanita, apatita, opacos, titanita (rara) e zircão. Os secundários são carbonato, clorita, epidoto, muscovita e sericita. |
Abstract |
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They are orthogneisses of tonalitic composition, and subordinately granitic, granodioritic and diorite. They are arranged in elongated bands generally in a NE to NNE direction. They make contacts with several lithologies in the region. Contacts with aluminous rocks of the Nova Venécia Complex are by transcurrent, low-angle contraction and transitional shear zones. Transitional contacts with endorbital gneisses are also observed. The rocks of these orthogneisses are light gray and whitish, sometimes dark gray, coarse grained and are composed of quartz, feldspar, biotite, little garnet and, locally, amphibole. Blastose zones over the orthogneisses are observed. Petrographically, the rocks have allotrimorphic, granoblastic, granonematolepidoblastic granular texture, where foliation is defined by the preferential incipient planar arrangement and orientation of the mafic minerals. Occasionally idioblastic feldspar porphyroblasts are observed. Preserved magmatic textures, especially of the cumulatic type, and zoned plagioclase crystals, indicate deformation in a plastic state. The essential mineralogy of tonalitic orthogneisses are quartz, plagioclase (oligoclase-andesine), biotite, potassic feldspar, garnet and hornblende. Accessory minerals are allanite, apatite, opaque, titanite (rare) and zircon. Secondaries are carbonate, chlorite, epidote, muscovite and sericite. |
Autores e coautores |
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Autor: Valter Salino Vieira- Serviço Geológico do Brasil/CPRM-SUREG/BH Co-autor: Paulo de Tarso Ferro de Oliveira Fortes - Universidade Federal do Espírito Santo/Departamento de Geologia Co-autor: Ariadne Marra de Souza - Universidade Federal do Espírito Santo/Departamento de Geologia Co-autor: Diego Guilherme da Costa Gomes - Serviço Geológico do Brasil/CPRM-SUREG/BH |
Contexto
Geológico
Enquadramento Geológico Geral: |
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Unidade do Tempo Geológico (Eon, Era ou Período): |
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Proterozoico |
Ambiente Dominante: |
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Tipo de Unidade: | Unidade Litoestratigráfica |
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Nome: | Tonalito Jequitibá |
Outros: | Granodiorito, Diorito |
Rocha Predominante: | Ortognaisse tonalítico |
Rocha Subordinada: | Granito |
Tipo e dimensões do afloramento, contato, espessura, outras informações descritivas do sítio. : |
São ortognaisses de composição tonalítica, e subordinadamente granítica, granodiorítica e diorítica. Os afloramentos podem ser observados nas bases e nas encostas das montanhas e através de escaladas. Os contatos com as rochas encaixantes são bem definidos e não transitivos. |
Paleontológico
Local de ocorrência |
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Ramos da Paleontologia: |
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Taxons conhecidos: |
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Caracterização Geológica
Rochas Sedimentares
Ambientes Sedimentares: |
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Ambientes: |
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Tipos de Ambientes: |
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Descontinuidades Estratigráficas: |
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Rochas Ígneas
Categoria: | Plutônica - Batólito |
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Aspectos Texturais: |
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Estruturas: |
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Rochas Metamórficas
Metamorfismo: |
Facie Metamorfismo: |
Texturas: |
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Estruturas: |
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Deformação das Rochas
Tipo de Deformação: |
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Regime Tectônico: |
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Estruturas Lineares: |
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Estruturas Planas: |
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Feições de Relevo
FR11g - Pico ou Cume |
Ilustração
Interesse
Dados
Pelo Conteúdo |
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Interesse associado |
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Pela sua possível utilização |
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Observações
Observações Gerais |
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Estudos de cartografia geológica deste ortognaisse foram executados por Féboli (1993), Signorelli (1993) e Tuller (1993) quando cartografaram as folhas Domingos Martins, Colatina e Afonso Claudio, respectivamente, nas escalas 1:100.000 - Projeto Cachoeiro de Itapemirim - Programa Levantamentos Geológicos Básicos do Brasil e posicionaram esta unidade no Domínio da Infra-Estrutura da Crosta Intermediária, denominando-a de Pᵞ1b. Vieira (1997) executou a cartografia geológica da Folha Cachoeiro de Itapemirim, escala 1:250.000 - Programa Levantamentos Geológicos Básicos do Brasil, tendo posicionado este ortognaisse no domínio das Rochas Intrusivas Gnaissificadas de Regime Compressivo - ᵞ2a (Ortognaisse granítico, com porções de gnaisse tonalítico, granulitos quartzofeldspáticos, granada-piroxenito e granulitos estratóides com enclaves de quartzitos e calcissilicáticas). Mais tarde, Vieira et al. (2014, 2018) ao executarem o Mapa Geológico do Estado do Espírito Santo, na escala 1:400.000, posicionaram estes ortognaisses no Estágio Pré -a Sin-Orogênico e denominaram-os de Tonalito Jequitibá (NP3ᵞ1Ijqt), denominação mantida até hoje. Os ortognaisses de composição tonalítica - NP3γ1Ijqt possuem variações quartzo-diorítica e granodiorítica, raramente granítica ou quartzo-monzodiorítica. Geralmente possuem cor cinza-clara a esbranquiçada, às vezes cinza-escura, granulação grosseira e são compostos de quartzo, feldspato, biotita, pouca granada e, localmente anfibólio. São descritos veios de quartzo aplíticos e pegmatíticos, que cortam estas rochas ou preenchem farturas. Ao microscópio foram definidas as texturas alotriomórfica a hipidiomórfica, granoblástica, granonematoblástica a gnáissica, em que a foliação é definida pela disposição e orientação planar preferencial dos minerais máficos. São descritas texturas magmáticas preservadas, especialmente do tipo cumuláticas, e de cristais zonados de plagioclásio, indicando deformação no estado plástico. |
Bibliografia |
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FÉBOLI, W. L.; RIBEIRO, J. H. Folha Domingos Martins (SF.24-V-A-VI), escala 1:100.000. Texto explicativo. 140p. In: Programa de Levantamentos Básicos do Brasil: Estados de Minas Gerais e Espírito Santo. Brasília, DNPM – CPRM.1993. [02 mapas]. CORREA, l. M. ; FERREIRA, J. A.; DUCK. W. Mapa parcial do município de Viana nos anos 1950. IBGE: Enciclopédia dos Municípios Brasileiros, vol. VII, 1958. RFFSA/EFL: Relatório, 1971; Guia Geral das Estradas de Ferro do Brasil, 1960. SIGNORELLI, N. Folha Afonso Cláudio (SF.24-Y-C-VI), escala 1:100.000. Texto Explicativo. 176p. In: Programa de Levantamentos Básicos do Brasil: Estados de Minas Gerais e Espírito Santo. Brasília, DNPM – CPRM. 1993. [02 mapas]. TULLER, M. P. F. Folha Colatina (SE.24-Y-C-VI), escala 1:100.000. Texto explicativo. 176p. In: Programa de Levantamentos Básicos do Brasil: Estado do Espírito Santo. Brasília, DNPM – CPRM.1993. [02 mapas]. VIEIRA, V. S. Folha Cachoeiro do Itapemirim (SF.24-V-A), escala 1:250.000. Texto explicativo. 99p. In: Programa de Levantamentos Básicos do Brasil: Estados de Minas Gerais e do Espírito Santo. Brasília, CPRM – MME. 1997. [02 mapas]. VIEIRA, V.S; SILVA, M.A. da.; CORREA, T.R.; LOPES, N.H.B. Mapa Geológico do Estado do Espírito Santo – Escala 1:400.000. In: SIMEXIMIN – Simpósio Brasileiro de Exploração Mineral, 6,2014, Ouro Preto. Abstracts... Ouro Preto, Minas Gerais, Brasil. 2014. VIEIRA, V.S. Mapa geológico do Estado do Espírito Santo: escala 1:400.000. Belo Horizonte: CPRM, 2018. Disponível em: www.cprm.gov.br/rigeo. Acesso em: 10 out 2018. |
Imagens Representativas e Dados Gráficos
Conservação
Unidade de Conservação
Nome da UC | Tipo da UC | Unidade de Conservação | Situação da Uc |
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Proteção Indireta
Relatar: | |
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Uso e Ocupação
Propriedade do Terreno | ||||
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Público / |
Area Rural |
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Area Urbana |
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Fragilidade |
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Baixa |
Dificuldade de Acesso e aproveitamento do solo: |
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Quantificação
Valor Científico (indicativo do valor do conteúdo geocientífico do sítio ou do elemento geológico)
Ítem | Peso | Resposta | Valor |
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A1 - Representatividade | 30 | O local ou elemento de interesse é um bom exemplo para ilustrar elementos ou processos, relacionados com a área temática em questão (quando aplicável) | 2 |
A3 - Reconhecimento científico | 5 | Existem resumos apresentados sobre o local de interesse em anais de eventos científicos, ou em relatórios inéditos, diretamente relacionados com a categoria temática em questão (quando aplicável) | 1 |
A4 - Integridade | 15 | O local de interesse não está muito bem preservado, mas os principais elementos geológicos (relacionados com a categoria temática em questão, quando aplicável) ainda estão preservados | 2 |
A5 - Diversidade geológica | 5 | Local de interesse com 1 ou 2 tipos diferentes de aspectos geológicos com relevância científica | 1 |
A6 - Raridade | 15 | Existem, na área de estudo, 4-5 exemplos de locais semelhantes (representando a categoria temática em questão, quando aplicável) | 1 |
A7 - Limitações ao uso | 10 | Não existem limitações (necessidade de autorização, barreiras físicas, etc.) para realizar amostragem ou trabalho de campo | 4 |
A2 - Local-tipo | 20 | Não se aplica. | 0 |
Valor Científico | 155 |
Risco de Degradação (dos valores geológicos retratados no sítio ou no elemento geológico)
Ítem | Peso | Resposta | Valor |
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B1 - Deterioração de elementos geológicos | 35 | Existem reduzidas possibilidades de deterioração dos elementos geológicos secundários | 1 |
B2 - Proximidade a áreas/atividades com potencial para causar degradação | 20 | Local de interesse situado a mais de 1000 m de área/atividade com potencial para causar degradação | 1 |
B3 - Proteção legal | 20 | Local de interesse situado numa área sem proteção legal nem controle de acesso | 4 |
B4 - Acessibilidade | 15 | Local de interesse acessível por veículo em estrada não asfaltada | 2 |
B5 - Densidade populacional | 10 | Local de interesse localizado num município com menos de 100 habitantes por km2 | 1 |
Risco de Degradação | 175 |
Potencial Valor Educativo e Turístico (indicativo de interesse educativo e turístico associado ao valor científico do sítio, sujeito à análise complementar dos setores competentes)
Ítem | P.E | P.T | Resposta | Valor |
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C1 - Vulnerabilidade | 10 | 10 | Os elementos geológicos do local de interesse não apresentam possibilidade de deterioração por atividades antrópicas | 4 |
C2 - Acesso rodoviário | 10 | 10 | Local de interesse acessível por veículo em estrada não asfaltada | 2 |
C3 - Caracterização do acesso ao sítio | 5 | 5 | O local de interesse é acessado sem limitações por estudantes e turistas | 4 |
C4 - Segurança | 10 | 10 | Local de interesse sem infraestrutura de segurança (vedações, escadas, corrimões, etc.) mas com rede de comunicações móveis e situado a menos de 50 km de serviços de socorro | 2 |
C5 - Logística | 5 | 5 | Existem restaurantes e alojamentos para grupos até 25 pessoas a menos de 50 km do local de interesse | 1 |
C6 - Densidade populacional | 5 | 5 | Local de interesse localizado num município com menos de 100 habitantes por km2 | 1 |
C7 - Associação com outros valores | 5 | 5 | Existem diversos valores ecológicos e culturais a menos de 10 km do local de interesse | 4 |
C8 - Beleza cênica | 5 | 15 | Local de interesse ocasionalmente usado em campanhas turísticas do país, mostrando aspectos geológicos | 3 |
C9 - Singularidade | 5 | 10 | Ocorrência de aspectos comum nas várias regiões do país | 1 |
C10 - Condições de observação | 10 | 5 | Existem obstáculos que tornam difícil a observação de alguns elementos geológicos | 3 |
C11 - Potencial didático | 20 | 0 | Ocorrência de elementos geológicos que são ensinados em todos os níveis de ensino | 4 |
C12 - Diversidade geológica | 10 | 0 | Ocorrem mais de 5 tipos de elementos da geodiversidade (mineralógicos, paleontológicos, geomorfológicos, etc.) | 4 |
C13 - Potencial para divulgação | 0 | 10 | Ocorrência de elementos geológicos que são evidentes e perceptíveis para todos os tipos de público | 4 |
C14 - Nível econômico | 0 | 5 | Local de interesse localizado num município com IDH idêntico ao se verifica no estado | 2 |
C15 - Proximidade a zonas recreativas | 0 | 5 | Local de interesse localizado a menos de 20 km de uma zona recreativa ou com atrações turísticas | 1 |
Valor Educativo | 300 | |||
Valor Turístico | 255 |
Classificação do sítio
Relevância: | Sítio da Geodiversidade Relevância Nacional |
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Valor Científico: | 155 |
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Valor Educativo: | 300 (Relevância Nacional) |
Valor Turístico: | 255 (Relevância Nacional) |
Risco de Degradação: | 175 (Risco Baixo) |
Recomendação
Urgência à Proteção global: | Necessário a médio prazo |
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Urgência à Proteção devido a atividades didáticas: | Necessário a médio prazo |
Urgência à Proteção devido a atividades turísticas: | Necessário a médio prazo |
Urgência à Proteção devido a atividades científicas: | Necessário a médio prazo |
Unidade de Conservação Recomendado: | UC de Proteção Integral - |
Justificativa: | Justifica-se a necessidade de Proteção Integral por constituir um lugar com cenário de grande beleza paisagística: a travessia do túnel de trem, a saída em que se depara, do outro lado, com o pontilhão, o Rio Jucu que segue pelas curvas do fundo do vale e a Pedra do Pontilhão (ou Pedra do Vento), que sobe do leito do rio, torna este lugar muito especial e frequentado por caminhantes e escaladores. |
Coordenadas do polígono de proteção existente ou sugerido
Responsável
Nome: | Valter Salino Vieira |
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Email: | valter.vieira@cprm.gov.br |
Profissão: | Geólogo |
Instituição: | Serviço Geológico do Brasil - CPRM |
Currículo Lattes: | http://lattes.cnpq.br/4423534004739482 |