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Mistura de Magmas do Cabo de Santo Agostinho
Cabo de Santo Agostinho -
PE , Lat.:
-8.358611107 Long.:
-34.948612213
Última alteração: 17/11/2021 16:53:32
Última alteração: 17/11/2021 16:53:32
Status: Consistido
Geossitio de Relevância Internacional
Valor Científico:
325
Valor Educativo:
290 (Relevância Nacional)
Valor Turístico:
310 (Relevância Nacional)
Risco de Degradação:
210 (Risco Médio)
Identificação
Designação
Nome do Sítio: | Mistura de Magmas do Cabo de Santo Agostinho |
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Título Representativo: | |
Classificação temática principal: | Petrologia |
Classificação temática secundária: | |
Registro SIGEP (Comissão Brasileira de Sítios Geológicos e Paleobiológicos) com o Nº com o Nº: | 111 |
Sítio pertence a um geoparque ou proposta de geoparque: | Sim (Litoral Sul de Pernambuco - PE) |
Localização
Latitude: | -8.358611107 |
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Longitude: | -34.948612213 |
Datum: | SIRGAS2000 |
Cota: | m |
Estado: | PE |
Município: | Cabo de Santo Agostinho |
Distrito: | Santo Agostinho |
Local: | |
Ponto de apoio mais próximo: | Vila de Gaibu |
Ponto de referência rodoviária: | Vila de Nazaré |
Acesso: | O geossítio Mistura de Magmas do Granito do Cabo está localizado a 700 metros na direção sudeste a partir da Vila de Nazaré, cujo caminho pode ser feito a pé, por trilha em boas condições de conservação. A Vila de Nazaré é um distrito do município de Cabo de Santo Agostinho. Está localizada a 20 km da sede municipal, cujo acesso é feito pela PE-60 e depois PE-28. |
Imagem de identificação
Resumo
Resumo |
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O geossítio Mistura de Magmas do Granito do Cabo é um afloramento em forma de Costão Rochoso na borda sul do referido corpo granítico, que bordeja a Baía de Suape. A relevância desse geossítio se deve à mistura de magmas que gerou rochas com características distintas, granito e monzonito, o que o torna um excelente exemplo didático para aulas de campo. O granito apresenta textura média a grossa, de cor cinza a rósea, com ortoclásio, plagioclásio e quartzo, além de pequenos cristais de anfibólio e biotita. Já o monzonito exibe uma textura média, equigranular, de cor escura e com ausência de quartzo. Em escala macroscópica o contato entre as duas rochas é bem evidente. O monzonito tem idade 40Ar/39Ar de 102 milhões de anos, mesma idade obtida para o Granito do Cabo, o que significa uma contemporaneidade na formação dessas duas rochas. De acordo com Sial (1976), Vandoros e Varelli (1976) e Sial et al. (1987), o Granito do Cabo está relacionado aos últimos estágios da separação dos continentes da América do Sul e África. Por isso a sua grande relevância científica e de registro de parte da história geológica da Terra. Este geossítio faz parte da proposta do Geoparque Litoral Sul de Pernambuco (Nascimento et al., 2012), onde foi denominado de Mistura de Magmas. Devido à importância científica do Granito do Cabo, o geossítio foi renomeado para Mistura de Magmas do Granito do Cabo. |
Abstract |
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The Cabo Granite Magmas Mix geosite is an outcrop in the shape of the Rocky Coast on the southern edge of the aforementioned granitic body, which borders the Suape Bay. The relevance of this geosite is due to the mixture of magmas that generated rocks with different characteristics, granite and monzonite, which makes it an excellent didactic example for field classes. Granite has a medium to coarse texture, gray to pink in color, with orthoclase, plagioclase and quartz, in addition to small crystals of amphibole and biotite. On the other hand, monzonite exhibits a medium texture, equigranular, dark in color and with no quartz. On a macroscopic scale the contact between the two rocks is quite evident. The monzonite has an age of 40Ar/39Ar of 102 million years, the same age obtained for the Cape Granite, which means a contemporaneity in the formation of these two rocks. According to Sial (1976), Vandoros and Varelli (1976) and Sial et al. (1987), the Cape Granite is related to the last stages of the separation of the continents of South America and Africa. Hence its great scientific and recording relevance of part of the Earth's geological history. This geosite is part of the proposal for the South Coast Geopark of Pernambuco (Nascimento et al., 2012), where it was named Mixture of Magmas geosite. Due to the scientific importance of Cape Granite, the geosite was renamed Cabo Granite Magmas Mix geosite. |
Autores e coautores |
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Marcos Antônio Leite do Nascimento – UFRN - Universidade Federal do Rio Grande do Norte Rogério Valença Ferreira – Serviço Geológico do Brasil - CPRM Wilson Wildner – Serviço Geológico do Brasil - CPRM |
Contexto
Geológico
Enquadramento Geológico Geral: |
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Unidade do Tempo Geológico (Eon, Era ou Período): |
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Cretáceo |
Ambiente Dominante: |
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Tipo de Unidade: | Unidade Litodêmica |
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Nome: | Suíte Ipojuca |
Outros: | |
Rocha Predominante: | Granito |
Rocha Subordinada: | Monzonito |
Tipo e dimensões do afloramento, contato, espessura, outras informações descritivas do sítio. : | O afloramento é um costão rochoso com aproximadamente 2.700 m² e declividade variável de 10° a 25°, com altura máxima de 10 metros. |
Paleontológico
Local de ocorrência |
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Ramos da Paleontologia: |
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Taxons conhecidos: |
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Caracterização Geológica
Rochas Sedimentares
Ambientes Sedimentares: |
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Ambientes: |
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Tipos de Ambientes: |
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Descontinuidades Estratigráficas: |
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Rochas Ígneas
Categoria: | Plutônica - Stock |
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Aspectos Texturais: |
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Estruturas: |
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Rochas Metamórficas
Metamorfismo: |
Facie Metamorfismo: |
Texturas: |
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Estruturas: |
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Deformação das Rochas
Tipo de Deformação: |
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Regime Tectônico: |
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Estruturas Lineares: |
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Estruturas Planas: |
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Feições de Relevo
Interesse
Dados
Pelo Conteúdo |
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Interesse associado |
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Pela sua possível utilização |
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Observações
Observações Gerais |
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Bibliografia |
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AMARAL, A.J.R. & MENOR, E.A. 1979. A seqüência vulcano-sedimentar cretácea da região de Suape (PE): interpretação faciológica e considerações metalogenéticas. In: SBG/Núcleo Nordeste, Simp. Geol. NE, 9, Natal, Atas, 251-269. BORBA, G.S. 1975. Rochas vulcânicas da faixa costeira sul de Pernambuco. “Aspectos petrográficos e geoquímicos”. Instituto de Geociências, Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, Dissertação de Mestrado, 134p. BRANNER, J.C. 1902. Geology of the Northeast Coast of Brazil. Geological Society of America Bulletin, 13: 41-98. COSTA, A.C. & MELLO, A.A. 1978. Região do Cabo Santo Agostinho, Pernambuco. Excursão N* 07. In: SBG/Núcleo Nordeste, Cong. Bras. Geol., 30, Recife, Roteiro de Excursão, 121-128. CRUZ, L.R. 2002. Mapeamento geológico da região de Cabo (PE), Sub-Bacia de Pernambuco. Departamento de Geologia, Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal, Relatório de Graduação, Curso de Geologia, 74p. GUIMARÃES, T. O. 2013. Geoconservação: mapeamento, descrição e propostas de divulgação de trilhas geoturísticas no Parque Metropolitano Armando de Holanda Cavalcanti, Cabo de Santo Agostinho-PE, Brasil. Dissertação de Mestrado - Programa de Pós-Graduação em Geociências da UFPE. Recife/PE. 154 p GUIMARÃES, T. O. 2016. Patrimônio geológico e estratégias de geoconservação: popularização das geociências e desenvolvimento territorial sustentável para o Litoral Sul de Pernambuco (Brasil). Tese de Doutorado - Programa de Pós-Graduação em Geociências da UFPE. Recife/Pe. 406p. LIMA FILHO, M.F. & SZATMARI, P. 2002. Ar-Ar geochronology of volcanic rocks of the Cabo Magmatic Province (CMP) – Pernambuco Basin. In: SBG/Núcleo Norte, Simp. sobre vulcan. e amb. Assoc., 2, Belém, Resumo, 59-59. NASCIMENTO, M.A.L. 2003. Geologia, geocronologia, geoquímica e petrogênese das rochas ígneas cretácicas da Província Magmática do Cabo e suas relações com as unidades sedimentares da Bacia de Pernambuco (NE do Brasil). Tese de Doutorado, Pós Graduação em Geodinâmica e Geofísica, Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal, 235p. NASCIMENTO, M.A.L.; VASCONCELOS, P.M.P; SOUZA, Z.S.; JARDIM DE SÁ, E.F.; CCARMO, I.O.; THIEDE, D. 2003. 40Ar-39Ar geochronology of the Cabo Magmatic Province, Pernambuco Basin, NE Brazil. In.: South American Symposium On Isotope Geology, 4., Salvador, Short papers, 624-628. NASCIMENTO, M.A.L.; SOUZA, Z.S.; LIMA FILHO, M.F.; JARDIM DE SÁ, E.F.; CRUZ, L.R.; FRUTUOSO Jr., L.J.; ALMEIDA, C.B.; ANTUNES, A.F.; ALVES DA SILVA, F.C.; GUEDES, I.M.G. 2004a. Relações estratigráficas da Província Magmática do Cabo, Bacia de Pernambuco, Nordeste do Brasil. Estudos Geológicos, 14: 3-19. NASCIMENTO, M.A.L.; VASCONCELOS, P.M.; SOUZA, Z.S.; CARMO, I.O. 2004b. Estratigrafia geocronológica 40Ar/39Ar do Granito do Cabo e rochas associadas, Bacia de Pernambuco, Nordeste do Brasil. In: SBG/Núcleo NE, Cong. Bras. Geol., 42, Araxá/MG, em CD-Rom. NASCIMENTO, M.A.L & SOUZA, Z.S. 2009. Granito do Cabo de Santo Agostinho, PE: uma rara ocorrência de granito cretáceo no Brasil. Sítios Geológicos e Paleontológicos do Brasil. In: Winge, M.; Schobbenhaus, C.; Souza, C.R.G; Fernandes, A.C.S.; Queiroz, E.T.; Berbert-Born, M.; Campos, D.A. (eds). Brasília: CPRM, v. 2, 225-236. NASCIMENTO, M. A. L; FERREIRA, R. V; WILDNER, W. 2012. Geoparque Litoral Sul de Pernambuco (PE): proposta. In: Geoparques do Brasil: propostas. Organizadores: Carlos Schobbenhaus e Cássio Roberto da Silva. Rio de Janeiro: CPRM, v. 1, 647-686. SIAL, A.N.; LONG, L.E.; BORBA, G.S. 1987. Field trip guide excursion: cretaceous magmatic province of Cabo, Pernambuco, northeastern Brazil. Revista Brasileira de Geociências, 17: 667-673. |
Imagens Representativas e Dados Gráficos
Conservação
Unidade de Conservação
Nome da UC | Tipo da UC | Unidade de Conservação | Situação da Uc |
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Proteção Indireta
Relatar: | |
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O geossítio Mistura de Magmas do Granito do Cabo está inserido na área do Parque Metropolitano Armando de Holanda Cavalcati, parque de tombamento histórico, criado pelo Decreto Estadual nº 5.554, de 06 de fevereiro de 1979, totalizando uma área de 270 hectares, localizado no município de Cabo de Santo Agostinho. Por estar dentro de uma área protegida, o geossítio conta com resguardo amparado por legislação vigente e ao mesmo tempo em consonância com os preceitos de criação de um geoparque: promover a gestão territorial com o desenvolvimento sustentável. Numa área de tombamento histórico, a ocupação do território e as atividades econômicas são permitidos, diferente de outras categorias de áreas de proteção, a exemplo dos parques nacionais, cuja proteção é integral, desde que sejam compatíveis com algumas limitações impostas e plano de manejo. |
Uso e Ocupação
Propriedade do Terreno | ||||
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Público / Estadual |
Area Rural |
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Area Urbana |
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Fragilidade |
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Razoável |
Dificuldade de Acesso e aproveitamento do solo: |
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Quantificação
Valor Científico (indicativo do valor do conteúdo geocientífico do sítio ou do elemento geológico)
Ítem | Peso | Resposta | Valor |
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A1 - Representatividade | 30 | O local ou elemento de interesse é o melhor exemplo, atualmente conhecido, na área de trabalho, para ilustrar elementos ou processos, relacionados com a área temática em questão (quando aplicável) | 4 |
A2 - Local-tipo | 20 | O local ou elemento de interesse é reconhecido, na área de trabalho, como local-tipo secundário, sendo a fonte de um parastratótipo, unidade litodêmica ou de um parátipo | 2 |
A3 - Reconhecimento científico | 5 | É um sítio já aprovado pela SIGEP e/ou existem artigos sobre o local de interesse em livro, em revistas científicas internacionais... | 4 |
A4 - Integridade | 15 | Os principais elementos geológicos (relacionados com a categoria temática em questão, quando aplicável) estão muito bem preservados | 4 |
A5 - Diversidade geológica | 5 | Local de interesse com 1 ou 2 tipos diferentes de aspectos geológicos com relevância científica | 1 |
A6 - Raridade | 15 | O local de interesse é a única ocorrência deste tipo na área de estudo (representando a categoria temática em questão, quando aplicável) | 4 |
A7 - Limitações ao uso | 10 | É possível fazer amostragem ou trabalho de campo depois de ultrapassar as limitações existentes | 2 |
Valor Científico | 325 |
Risco de Degradação (dos valores geológicos retratados no sítio ou no elemento geológico)
Ítem | Peso | Resposta | Valor |
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B1 - Deterioração de elementos geológicos | 35 | Existem reduzidas possibilidades de deterioração dos elementos geológicos secundários | 1 |
B2 - Proximidade a áreas/atividades com potencial para causar degradação | 20 | Local de interesse situado a menos de 500 m de área/atividade com potencial para causar degradação | 3 |
B3 - Proteção legal | 20 | Local de interesse situado numa área com proteção legal, mas sem controle de acesso | 2 |
B4 - Acessibilidade | 15 | Local de interesse localizado a menos de 500 m de uma estrada asfaltada | 3 |
B5 - Densidade populacional | 10 | Local de interesse localizado num município com 250-1000 habitantes por km2 | 3 |
Risco de Degradação | 210 |
Potencial Valor Educativo e Turístico (indicativo de interesse educativo e turístico associado ao valor científico do sítio, sujeito à análise complementar dos setores competentes)
Ítem | P.E | P.T | Resposta | Valor |
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C1 - Vulnerabilidade | 10 | 10 | Possibilidade de deterioração de elementos geológicos secundários por atividade antrópica | 3 |
C2 - Acesso rodoviário | 10 | 10 | Local de interesse localizado a menos de 500 m de uma estrada asfaltada | 3 |
C3 - Caracterização do acesso ao sítio | 5 | 5 | O local de interesse é acessado sem limitações por estudantes e turistas | 4 |
C4 - Segurança | 10 | 10 | Local de interesse sem infraestrutura de segurança (vedações, escadas, corrimões, etc.) mas com rede de comunicações móveis e situado a menos de 50 km de serviços de socorro | 2 |
C5 - Logística | 5 | 5 | Existem restaurantes e alojamentos para grupos de 50 pessoas a menos de 15 km do local de interesse | 4 |
C6 - Densidade populacional | 5 | 5 | Local de interesse localizado num município com 250-1000 habitantes por km2 | 3 |
C7 - Associação com outros valores | 5 | 5 | Existem diversos valores ecológicos e culturais a menos de 10 km do local de interesse | 4 |
C8 - Beleza cênica | 5 | 15 | Local de interesse ocasionalmente usado em campanhas turísticas do país, mostrando aspectos geológicos | 3 |
C9 - Singularidade | 5 | 10 | Ocorrência de aspectos únicos e raros no país | 4 |
C10 - Condições de observação | 10 | 5 | Existem obstáculos que tornam difícil a observação de alguns elementos geológicos | 3 |
C11 - Potencial didático | 20 | 0 | Ocorrência de elementos geológicos que são ensinados nas escolas de ensino secundário | 2 |
C12 - Diversidade geológica | 10 | 0 | Ocorrem 3 ou 4 tipos de elementos da geodiversidade | 3 |
C13 - Potencial para divulgação | 0 | 10 | O público necessita de algum conhecimento geológico para entender os elementos geológicos que ocorrem no sítio | 3 |
C14 - Nível econômico | 0 | 5 | Local de interesse localizado num município com IDH inferior ao se verifica no estado | 1 |
C15 - Proximidade a zonas recreativas | 0 | 5 | Local de interesse localizado a menos de 5 km de uma zona recreativa ou com atrações turísticas | 4 |
Valor Educativo | 290 | |||
Valor Turístico | 310 |
Classificação do sítio
Relevância: | Geossítio de relevância Internacional |
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Valor Científico: | 325 |
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Valor Educativo: | 290 (Relevância Nacional) |
Valor Turístico: | 310 (Relevância Nacional) |
Risco de Degradação: | 210 (Risco Médio) |
Recomendação
Urgência à Proteção global: | Necessário a médio prazo |
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Urgência à Proteção devido a atividades didáticas: | Necessário a médio prazo |
Urgência à Proteção devido a atividades turísticas: | Necessário a médio prazo |
Urgência à Proteção devido a atividades científicas: | Necessário a médio prazo |
Unidade de Conservação Recomendado: | Não se aplica - |
Justificativa: |
Coordenadas do polígono de proteção existente ou sugerido
Responsável
Nome: | Rogerio Valença Ferreira |
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Email: | rogerio.ferreira@sgb.gov.br |
Profissão: | Geógrafo - Geomorfólogo |
Instituição: | Serviço Geológico do Brasil - CPRM |
Currículo Lattes: | http://lattes.cnpq.br/0590186072856764 |