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Toca da Boa Vista e Toca da Barriguda
Campo Formoso -
BA , Lat.:
-10.162500381 Long.:
-40.859722137
Última alteração: 20/12/2021 14:29:51
Última alteração: 20/12/2021 14:29:51
Status: Homologado
Geossitio de Relevância Internacional
Valor Científico:
370
Valor Educativo:
265 (Relevância Nacional)
Valor Turístico:
180 (Relevância Regional/Local)
Risco de Degradação:
195 (Risco Baixo)
Identificação
Designação
Nome do Sítio: | Toca da Boa Vista e Toca da Barriguda |
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Título Representativo: | |
Classificação temática principal: | Espeleologia |
Classificação temática secundária: | |
Registro SIGEP (Comissão Brasileira de Sítios Geológicos e Paleobiológicos) com o Nº com o Nº: | 19 |
Sítio pertence a um geoparque ou proposta de geoparque: | Não |
Localização
Latitude: | -10.162500381 |
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Longitude: | -40.859722137 |
Datum: | SIRGAS2000 |
Cota: | 560 m |
Estado: | BA |
Município: | Campo Formoso |
Distrito: | Laje dos Negros |
Local: | |
Ponto de apoio mais próximo: | Povoado de Laje dos Negros |
Ponto de referência rodoviária: | BA 122, situa-se 11 km a leste da vila de Laje dos Negros, ao lado da estrada que liga este vilarejo à Pacuí. |
Acesso: | A partir de Laje dos Negros percorre-se cerca de 11 km em estrada não pavimentada até uma porteira onde se deixa o veículo. A partir daí são cerca de 150 m em trilha até a entrada principal da Toca da Boa Vista. |
Imagem de identificação
Resumo
Resumo |
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A Toca da Boa Vista, maior caverna conhecida do Brasil e América do Sul com 114 km de galerias mapeadas até 2020, é um dos mais importantes sítios espeleológicos e paleontológicos brasileiros. Conjuntamente com a caverna vizinha Toca da Barriguda, a segunda mais extensa caverna brasileira com 35 km mapeados, constitui um conjunto de relevância geológica mundial. A Toca da Boa Vista e a Toca da Barriguda, embora sejam cavernas distintas sem uma conexão entre elas, estão separadas por apenas 700 m e apresentam diversas feições em comum, o que justifica que sejam consideradas em conjunto. Evidências morfológicas, estruturais, hidroquímicas e isotópicas sugerem que a dissolução dos dolomitos que contém as cavernas ocorreu por processos hipogênicos, sem relação com o aporte de águas provindas da superfície. Datações radiométricas em carbonatos secundários e ossadas fósseis permitiram a reconstrução de episódios de mudança climática durante o Quaternário nesta região do nordeste brasileiro, sugerindo uma série de períodos de maior umidade nos ultimos 210 mil anos, quando uma vegetação de florestas substituiu a atual caatinga. Dentre as várias ossadas fósseis encontradas nestas cavernas destacam-se esqueletos quase completos e excepcionalmente bem preservados de algumas espécies extintas, o que permitiu um importante avanço no conhecimento sobre a sistemática evolutiva de tais grupos. A visitação desordenada, embora esporádica, é a principal fonte de impactos atualmente. Recomenda-se que algum tipo de proteção oficial seja auferido em reconhecimento ao seu notável valor técnico e científico. |
Abstract |
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Toca da Boa Vista, represents the longest known cave in South America with 114 km of mapped passages. Together with the neighbouring Toca da Barriguda, the second longest cave in Brazil with 35 km of mapped passages, represents a geological site of global interest. Although separated by only 700 m, there is no physical connection between the passages of Toca da Boa Vista and Toca da Barriguda. However, these two caves share many similarities and thus can be treated as a single geological site. Morphological, structural, hydrochemical and isotopic evidence suggest that cave genesis was due to hypogenic processes, with no relation to meteoric water input. Radiometric dating of secondary carbonates and fossil bones have allowed the reconstruction of Quaternary palaeoclimate events in the area and indicate several periods of increased precipitation over the last 210 kyrs, when a more forested environment replaced the current caatinga vegetation. Among the many fossil remains found in these caves, there are remarkably complete and well preserved skeletons of many extinct species, allowing a significant advance on the knowledge about these fossil groups. Uncontrolled visitation represents the main potential impact to these caves. It is recommented that some degree of protection is given to these caves, in recognition to its exceptional technical and scientific value. |
Autores e coautores |
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Augusto S. Auler (Instituto do Carste/ Carste Ciência e Meio Ambiente) Violeta de Souza Martins (Serviço Geológico do Brasil -CPRM) (Cadastro) |
Contexto
Geológico
Enquadramento Geológico Geral: |
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Unidade do Tempo Geológico (Eon, Era ou Período): |
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Neoproterozoico |
Ambiente Dominante: |
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Tipo de Unidade: | Unidade Litoestratigráfica |
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Nome: | Formação Salitre |
Outros: | Calcarenito dolomítico |
Rocha Predominante: | Dolomito |
Rocha Subordinada: | Calcissiltito |
Tipo e dimensões do afloramento, contato, espessura, outras informações descritivas do sítio. : |
Paleontológico
Local de ocorrência |
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Ramos da Paleontologia: |
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Taxons conhecidos: |
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Caracterização Geológica
Rochas Sedimentares
Ambientes Sedimentares: |
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Ambientes: | Atuais/Antigos |
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Tipos de Ambientes: |
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Descontinuidades Estratigráficas: |
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Rochas Ígneas
Categoria: | Não se aplica - Não se aplica |
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Aspectos Texturais: |
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Estruturas: |
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Rochas Metamórficas
Metamorfismo: |
Facie Metamorfismo: |
Texturas: |
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Estruturas: |
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Deformação das Rochas
Tipo de Deformação: | Dúctil |
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Regime Tectônico: | Extensional |
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Estruturas Lineares: |
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Estruturas Planas: |
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Feições de Relevo
FR12a - Dolina | |
FR12e - Caverna | |
FR12m - Abismo |
Ilustração
Interesse
Dados
Pelo Conteúdo |
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Interesse associado |
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Pela sua possível utilização |
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Observações
Observações Gerais |
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A Toca da Boa Vista possui duas entradas principais. A entrada horizontal, denominada “clássica”, é de fácil acesso, situando-se no extremo leste da caverna. A entrada vertical, na verdade, compreende dois abismos muito próximos, o Abismo do Bode e o Abismo do Sapo, ambos com cerca de 15 metros de desnível. As entradas da Toca da Boa Vista já eram conhecidas da população local, e os espeleólogos da Sociedade Espeleológica de Campo Formoso (SECAMPO) já suspeitavam de seu grande potencial. A entrada clássica é facilmente adentrada, mas o emaranhado de galerias logo no início da zona de penumbra impedia explorações mais detalhadas. Em 1986, uma equipe da Sociedade Excursionista e Espeleológica (SEE) penetrou na caverna a partir dos abismos, reportando galerias que prosseguiam; porém não houve continuidade na exploração. No ano seguinte, uma equipe do Grupo Bambuí de Pesquisas Espeleológicas, seguindo indicações do político e membro da SECAMPO José Telésphoro de Araújo (Telécio), dedicou vários dias à exploração e ao mapeamento da caverna, conectando os abismos à entrada clássica, e comprovando o enorme potencial da cavidade. Desde então, dezenas de expedições do Grupo Bambuí já trabalharam na caverna, englobando colegas de diversos grupos espeleológicos do Brasil e do exterior. A morfologia da Toca da Boa Vista é complexa. A gruta é um grande labirinto seco, com os condutos se ramificando em um plano aproximadamente horizontal, acompanhando os eixos de dobras e as camadas do dolomito. O formato das galerias varia bastante, desde estreitos condutos até grandes salões, sendo a transição entre pequenos e grandes volumes muitas vezes brusca. Durante os trabalhos exploratórios, convencionou-se denominar por “mundos” as áreas da gruta que compartilhassem características morfológicas similares. A exceção é o trecho entre a entrada horizontal e os abismos, denominado “Boa Vista Clássica”. Esta região da caverna possui um grande conduto principal, o Conduto Afonso Pena, que se inicia no amplo Salão Telécio e de onde irradiam várias galerias importantes. Ao norte, ainda na Boa Vista Clássica, ocorre o Conduto dos Discos Voadores, caracterizado por espaçosas galerias com belas ocorrências de espeleotemas subaquosos. O “Além Mundo” é o ramo mais ao norte da caverna, uma série de galerias em nível inferior, com piso plano e seção espongiforme. O trecho a oeste dos abismos é denominado “Novo Mundo”. Esse é um dos trechos mais labirínticos da gruta. As galerias são de menores dimensões, carecendo dos grandes condutos típicos do trecho clássico. No extremo oeste do Novo Mundo, os condutos adquirem forma de cânions, estreitos e altos, em zona onde o carbonato está repleto de intercalações de chert. Essa zona é conhecida como “Terceiro Mundo”, onde os condutos são de médio porte, muitos parcialmente preenchidos por sedimento. Também é marcante nessa área a existência de condutos inferiores baixos e bem largos onde, em alguns locais, não é possível delimitar as paredes. O extremo oeste da caverna é marcado pelo “Fim de Mundo”, a zona distal da caverna. Nesse trecho, retornam os grandes condutos e salões, muitos ricamente ornamentados, como o Salão do Morto-Vivo. O trecho mais ao sul do Fim de Mundo possui uma série de condutos paralelos, muito retilíneos e planos, como os condutos Simpático e Charmozinho. O setor norte do Fim de Mundo é um dos poucos locais onde a gruta se desenvolve de forma tridimensional, possuindo galerias em diversos níveis que se interligam por abismos que chegam a 40 metros de profundidade. Conhecido informalmente como “I-Mundo”, é, sem dúvida, o local de mais difícil acesso e o mais complexo de todo o sistema e que reserva as maiores possibilidades de descobertas, em especial aquelas que possibilitem a ampliação dos limites da Toca além das áreas conhecidas. O potencial para exploração na Toca da Boa Vista é enorme e ainda resta muito a explorar, notadamente no Fim de Mundo e no I-Mundo. Para norte e sul, o prosseguimento das galerias aparenta estar limitado por algum condicionante geológico, pois os condutos tendem a se fechar. Existe também a excitante possibilidade de uma conexão com a Toca da Barriguda, o que aumentaria consideravelmente a metragem da Toca da Boa Vista. À medida que a gruta aumenta em tamanho, crescem as distâncias a percorrer. Esse fator, aliado ao intenso calor no interior da caverna (até 29°C) e à quase ausência de água, tem tornado, a cada ano, mais difícil o trabalho de exploração. A Toca da Boa Vista é um importante sítio paleoambiental, onde foram e estão sendo realizadas importantes pesquisas nos ramos da espeleogênese, paleontologia, paleoclimatologia e geomorfologia cárstica. Sua gênese tem motivado diversas publicações e hipóteses. Numerosos fósseis, muitos deles completos e em notável estado de preservação, permitiram expandir o conhecimento sobre a paleontologia de vertebrados pleistocênicos. Dezenas de datações radiométricas colocam os abundantes indícios paleoclimáticos em um contexto cronológico, contribuindo sobremaneira para o conhecimento das condições ambientais do Período Quaternário no nordeste brasileiro. A gruta também possui uma série de espeleotemas de mineralogia exótica e feições morfológicas sui generis. A fauna é pouco diversificada, destacando-se uma espécie de traça troglóbia da família Nicoletiidae. Seu estado de preservação é bom, pois a visitação é praticamente restrita a espeleólogos experientes, já que que a complexidade das galerias e o grau de dificuldade técnica da caverna limitam a entrada de curiosos nas áreas mais remotas. Contudo já podem ser observados sinais pontuais de degradação devido a visitas descontroladas. Espeleotemas quebrados e pisoteio em locais impróprios foram registrados. Nos últimos anos, um trabalho de demarcação de trilhas no interior da caverna tem buscado organizar e limitar os locais de visitação. Apesar de ser a segunda maior caverna brasileira, a Toca da Barriguda é a “irmã menor” da Toca da Boa Vista. Ela está situada a poucas centenas de metros desta e é similar em muitos aspectos; e ambas podem ter constituído uma caverna única quando foram formadas. Uma conexão entre as duas gigantes é uma possibilidade real em vista da proximidade entre as galerias exploradas. No entanto, essa conexão traria problemas sérios para esta notável caverna, pois ela seria englobada pela “irmã maior”, deixando de existir como feição independente. Questões familiares à parte, a Toca da Barriguda é uma caverna espetacular e, em muitos aspectos, mais cênica do que a Toca da Boa Vista. Seus maravilhosos salões são um bem-vindo contraste às galerias estreitas e poeirentas que caracterizam muitas das cavernas da região. A entrada única da Toca da Barriguda foi inicialmente explorada pela Sociedade Excursionista e Espeleológica (SEE) em 1988. A SEE topografou cerca de 2,5 quilômetros nos amplos condutos mais próximos à entrada, encerrando as atividades de mapeamento na caverna. Em 1993, em uma das expedições à Toca da Boa Vista, o Grupo Bambuí de Pesquisas Espeleológicas visitou a caverna, percebendo que havia ainda inúmeras possibilidades de prosseguimento. A partir de então, a Toca da Barriguda passou a dividir a atenção dos espeleólogos do Bambuí, sendo visitada durante todas as incursões subsequentes à área. Tomando como base o que se conhece atualmente desta caverna, a Toca da Barriguda é menos ramificada do que a Toca da Boa Vista, possuindo, no entanto, galerias de maior volume. A partir da entrada no extremo nordeste da caverna, ela se divide em dois ramos que estão próximos, porém, não ainda conectados. No ramo mais ao norte, a característica mais marcante são os grandes salões como o Bitelo, o Caatinga e o Baita. Destaque para o Salão Caatinga, que, além de ser o maior vazio das cavernas da área, com cerca de 16.400 metros quadrados, é sem dúvida o mais belo salão da região, tanto pela “floresta” de estalagmites no piso quanto pelo curioso teto repleto de cúpulas. O ramo mais ao sul comporta galerias de menor porte, em que pese a existência de alguns salões como o Crocante. Uma estreita passagem, conhecida como “Passagem do Homem Geleia”, leva a uma rede de condutos independentes que se desenvolve no setor mais meridional da cavidade. Esse local representa o trecho em que a caverna mais se aproxima da Toca da Boa Vista, estando ambas as cavernas separadas por apenas 700 metros em linha reta. Tudo do que foi dito acerca da importância científica da Toca da Boa Vista vale também para a Toca da Barriguda. Ossadas fósseis e evidências paleoambientais abundam nesta caverna, fazendo dela um importante museu natural para os processos ambientais ocorridos durante o Período Quaternário. Estudos sobre a gênese da caverna abrem interessantes possibilidades para se compreender o modo de formação de cavernas similares. A gruta recebe visitação eventual nas galerias mais próximas da entrada, onde já podem ser observados alguns vestígios negativos dessa ação, como pisoteio, espeleotemas quebrados e resíduos. |
Bibliografia |
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Auler, A. S. 1999. Karst Evolution and Palaeoclimate of Eastern Brazil. PhD Thesis, University of Bristol.. Auler AS (2004) Toca da Boa Vista. In Gunn J (Ed) Encyclopedia of Cave and Karst Science. Taylor and Francis, New York:156-157. Auler AS, Smart PL (2001) Late Quaternary paleoclimate in semiarid northeastern Brazil from U-series dating of travertine and water-table speleothems. Quaternary Research 55:159-167. Auler AS, Smart PL (2003) The influence of bedrock-derived acidity in the development of surface and underground karst: evidence from the Precambrian carbonates of semi-arid northeastern Brazil. Earth Surface Processes and Landforms 28:157-168. Auler AS, Klimchouk A, Bezerra FHR, Cazarin C, Ennes-Silva R, Balsamo F (2017) Origin and evolution of Toca da Boa Vista and Toca da Barriguda Cave System in North-eastern Brazil. In Klimchouk A, Palmer AN, De Waele J, Auler AS, Audra P (Eds). Hypogene karst regions and caves of the world. Springer, Cham:827-840. Auler AS, Wang X, Edwards RL, Cheng H, Cristalli OS, Smart PL, Richards DA (2004) Quaternary ecological and geomorphic changes associated with rainfall events in presently semi-arid northeastern Brazil. Journal of Quaternary Science 19:693-701. Cartelle C, Hartwig WC (1996) A new extinct primate among the Pleistocene megafauna of Bahia, Brazil. Proceedings of the National Academy of Sciences 93:6405-6409. Cazarin CL, Bezerra FHR, Borghi L, Santos RV, Favoreto J, Brod JA, Auler AS, Srivastava N (2019) The conduit-seal system of hypogene karst in Neproterozoic carbonates in northeastern Brazil. Marine and Petroleum Geology 101:90-107. Ennes-Silva R, Bezerra FHR, Nogueira FCC, Balsamo F, Klimchouk A, Cazarin C, Auler AS (2016) Superposed folding and associated fracturing influence hypogene karst development in Neoproterozoic carbonates, São Francisco Craton, Brazil. Tectonophysics 666:244-259. Halenar LB, Rosenberger AL (2013) A closer look at the“Protopithecus”fossil assemblages: new genus and species from the Pleistocene of Minas Gerais, Brazil. Journal of Human Evolution 65:374–390. Hartwig WC, Cartelle C (1996) A complete skeleton of the giant South American primate Protopithecus. Nature 381:307-311. Klimchouk AB, Auler AS, Bezerra FHR, Cazarin C, Balsamo F, Dublyansky Y (2016) Hypogenic origin, geologic controls and functional organization of a giant cave system in Precambrian carbonates, Brazil. Geomorphology 253:385-405. Wang X, Auler AS, Edwards RL, Cheng H, Cristalli PS, Richards DA, Smart PL, Cheng H (2004) Wet periods in northeastern Brazil over the past 210 kyr linked to distant climate anomalies. Nature 432:740-743. Wendt KA, Hauselmann AD, Fleitmann D, Berry AE, Wang X, Auler AS, Cheng H, Edwards RL (2019) Three-phased Heinrich Stadial 4 recorded in NE Brazil stalagmites. Earth Planetary Science Letters 510:94-102. SIGEP-Comissão Brasileira de Sítios Geológicos e Paleobiológicos . http://sigep.cprm.gov.br/.http://sigep.cprm.gov.br/SIGEP_Schob_Winge_ago2012.pdf |
Imagens Representativas e Dados Gráficos
Conservação
Unidade de Conservação
Nome da UC | Tipo da UC | Unidade de Conservação | Situação da Uc |
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Proteção Indireta
Relatar: | |
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Uso e Ocupação
Propriedade do Terreno | ||||
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Privado |
Area Rural |
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Area Urbana |
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Fragilidade |
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Baixa |
Dificuldade de Acesso e aproveitamento do solo: |
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Quantificação
Valor Científico (indicativo do valor do conteúdo geocientífico do sítio ou do elemento geológico)
Ítem | Peso | Resposta | Valor |
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A1 - Representatividade | 30 | O local ou elemento de interesse é o melhor exemplo, atualmente conhecido, na área de trabalho, para ilustrar elementos ou processos, relacionados com a área temática em questão (quando aplicável) | 4 |
A2 - Local-tipo | 20 | O local ou elemento de interesse é reconhecido como holostratótipo ou unidade litodêmica nos léxicos estratigráficos do Brasil e da Amazônia Legal ou documentos similares, ou é a fonte de um holótipo, neótipo ou lectótipo registrado em publicações científicas, de acordo com o código (ICZN, ICBN ou ICN) vigente na época da descrição e cadastrado na Base de Dados Paleo da CPRM ou bases similares ou é um sítio de referência da IMA; | 4 |
A3 - Reconhecimento científico | 5 | É um sítio já aprovado pela SIGEP e/ou existem artigos sobre o local de interesse em livro, em revistas científicas internacionais... | 4 |
A4 - Integridade | 15 | Os principais elementos geológicos (relacionados com a categoria temática em questão, quando aplicável) estão muito bem preservados | 4 |
A5 - Diversidade geológica | 5 | Local de interesse com 5 ou mais tipos diferentes de aspectos geológicos com relevância científica | 4 |
A6 - Raridade | 15 | O local de interesse é a única ocorrência deste tipo na área de estudo (representando a categoria temática em questão, quando aplicável) | 4 |
A7 - Limitações ao uso | 10 | A realização de amostragem ou de trabalho de campo é muito difícil de ser conseguida devido à existência de limitações (necessidade de autorização, barreiras físicas, etc.) | 1 |
Valor Científico | 370 |
Risco de Degradação (dos valores geológicos retratados no sítio ou no elemento geológico)
Ítem | Peso | Resposta | Valor |
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B1 - Deterioração de elementos geológicos | 35 | Possibilidade de deterioração dos elementos geológicos secundários | 2 |
B2 - Proximidade a áreas/atividades com potencial para causar degradação | 20 | Local de interesse situado a mais de 1000 m de área/atividade com potencial para causar degradação | 1 |
B3 - Proteção legal | 20 | Local de interesse situado numa área sem proteção legal nem controle de acesso | 4 |
B4 - Acessibilidade | 15 | Local de interesse sem acesso direto por estrada mas situado a menos de 1 km de uma estrada acessível por veículos | 1 |
B5 - Densidade populacional | 10 | Local de interesse localizado num município com menos de 100 habitantes por km2 | 1 |
Risco de Degradação | 195 |
Potencial Valor Educativo e Turístico (indicativo de interesse educativo e turístico associado ao valor científico do sítio, sujeito à análise complementar dos setores competentes)
Ítem | P.E | P.T | Resposta | Valor |
---|---|---|---|---|
C1 - Vulnerabilidade | 10 | 10 | Possibilidade de deterioração dos principais elementos geológicos por atividade antrópica | 2 |
C2 - Acesso rodoviário | 10 | 10 | Local de interesse sem acesso direto por estrada, mas situado a menos de 1 km de uma estrada acessível por veículo | 1 |
C3 - Caracterização do acesso ao sítio | 5 | 5 | O local de interesse é acessado por estudantes e turistas, mas apenas ocasionalmente | 3 |
C4 - Segurança | 10 | 10 | Local de interesse sem infraestrutura de segurança (vedações, escadas, corrimões, etc.) nem rede de comunicações móveis e situado a mais de 50 km de serviços de socorro | 1 |
C5 - Logística | 5 | 5 | Existem restaurantes e alojamentos para grupos até 25 pessoas a menos de 50 km do local de interesse | 1 |
C6 - Densidade populacional | 5 | 5 | Local de interesse localizado num município com menos de 100 habitantes por km2 | 1 |
C7 - Associação com outros valores | 5 | 5 | Existem diversos valores ecológicos e culturais a menos de 20 km do local de interesse | 3 |
C8 - Beleza cênica | 5 | 15 | Local de interesse ocasionalmente usado em campanhas turísticas locais, mostrando aspectos geológicos | 1 |
C9 - Singularidade | 5 | 10 | Ocorrência de aspectos únicos e raros no país | 4 |
C10 - Condições de observação | 10 | 5 | A observação de todos os elementos geológicos é feita em boas condições | 4 |
C11 - Potencial didático | 20 | 0 | Ocorrência de elementos geológicos que são ensinados em todos os níveis de ensino | 4 |
C12 - Diversidade geológica | 10 | 0 | Ocorrem mais de 5 tipos de elementos da geodiversidade (mineralógicos, paleontológicos, geomorfológicos, etc.) | 4 |
C13 - Potencial para divulgação | 0 | 10 | O público necessita de bons conhecimentos geológicos para entender os elementos geológicos que ocorrem no sítio | 2 |
C14 - Nível econômico | 0 | 5 | Local de interesse localizado num município com IDH inferior ao se verifica no estado | 1 |
C15 - Proximidade a zonas recreativas | 0 | 5 | Não se aplica. | 0 |
Valor Educativo | 265 | |||
Valor Turístico | 180 |
Classificação do sítio
Relevância: | Geossítio de relevância Internacional |
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Valor Científico: | 370 |
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Valor Educativo: | 265 (Relevância Nacional) |
Valor Turístico: | 180 (Relevância Regional/Local) |
Risco de Degradação: | 195 (Risco Baixo) |
Recomendação
Urgência à Proteção global: | Necessário a médio prazo |
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Urgência à Proteção devido a atividades didáticas: | Necessário a médio prazo |
Urgência à Proteção devido a atividades turísticas: | Necessário a médio prazo |
Urgência à Proteção devido a atividades científicas: | Necessário a curto prazo |
Unidade de Conservação Recomendado: | UC de Proteção Integral - |
Justificativa: | Impactos devido a visitação desordenada. |
Coordenadas do polígono de proteção existente ou sugerido
Responsável
Nome: | Colaboradores com Violeta Martins |
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Email: | violetamartins@yahoo.com.br |
Profissão: | |
Instituição: | Em apoio ao Serviço Geológico do Brasil |
Currículo Lattes: | http://lattes.cnpq.br/00000000000000001 |