TRANSPOSIÇÃO DA FOLIAÇÃO EM ROCHA VULCÂNICA, RIO DE CONTAS - BA
Título Representativo:
Classificação temática principal:
Metamorfismo
Classificação temática secundária:
Registro SIGEP (Comissão Brasileira de Sítios Geológicos e Paleobiológicos) com o Nº :
Não
Sítio pertence a um geoparque ou proposta de geoparque:
Sim (Alto Rio de Contas - BA)
Localização
Latitude:
-13.524955750
Longitude:
-41.961723328
Datum:
WGS 84
Cota:
1713 m
Estado:
BA
Município:
Rio de Contas
Distrito:
MATO GROSSO
Local:
TRILHA PARA O PICO DA ALMA
Ponto de apoio mais próximo:
SEDE DE RIO DE CONTAS
Ponto de referência rodoviária:
Cerca de 15km de Rio de Contas, a noroeste em estrada não pavimentada. Para-se o carro na Fazenda Silvina
Acesso:
Da fazenda Silvina são cerca de 2600 metros, já na trilha para o Pico das Almas
Imagem de identificação
Resumo
Resumo
O sítio localiza-se na trilha para o Pico das Almas, que dista cerca de 15 km a noroeste da sede do município de Rio de Contas, os quais podem ser percorridos por estrada não pavimentada, com alguns pontos de mais difícil acesso.
Afloramento em lápide que encontra-se proximo à trilha para o Pico das Almas em sua porção final. É um contato entre metalapilito com matriz tufácea, de cor rosa e mineralogia composta por quartzo, feldspato e moscovita e metarenito, também rosa, bimodal, composto essencialmente por quartzo e com acamadamento primário. O ponto apresenta duas foliações diferentes, tendo uma classificada como S0//S1 reliquiar em arenito sendo transposta e paralelizada por cisalhamento, onde é possível ver a outra foliação S2, esta já em rocha vulcânica. A primeira é classificada como contínua enquanto a segunda é espaçada, moderada a fortemente orientada, irregular a planar, além de apresentar características miloníticas.
O sitio possui valor científico devido a coexistência de ambas foliações na mesma rocha, feição bem rara na área de estudo, fazendo-se possível explanar a hierarquia da deformação e a evolução estrutural da região como um todo.
Abstract
The site is located at the trail to the Pico das Almas, which has a 15 km distance from the nearest city, Rio de Contas. Is possible to drive the way there in a non-pavimented road, usually easy, but with some difficult parts.
Tombstone outcrop found nearby the trail to Pico das Almas, next to its end. Is the contact between metalapilite with tufted fabric, pink in color and mineralogy composed of quartz, feldspar and muscovite and metarenite, also pink, bimodal, composed essentially of quartz and with primary bedding. The point presents two different foliations, with one classified as S0 // S1 relic in sandstone being transposed and parallelized by shear, where it is possible to see the other S2 foliation, this one already in volcanic rock. The first is classified as continuous while the second is spaced, moderately to strongly oriented, irregular to planar, in addition to presenting myronitic characteristics.
The site has scientific value due to the coexistence of both foliations on the same rock, making it possible to explain the deformation hierarchy and the structural evolution of the region as a whole.
Autores e coautores
Ramon Borges Nolasco Oliveira (UFBA - Universidade Federal da Bahia) (Cadastro)
Simone Cerqueira Pereira Cruz (UFBA - Universidade Federal da Bahia)
Violeta de Souza Martins (CPRM - Serviço Geológico do Brasil)
Michelli Santana Santos (UFBA - Universidade Federal da Bahia)
Local: Escarpa da Serra dos orgãos. Município de Guapimirim (RJ).
Foto: Ana Cláudia Viero
FR7c - Escarpas:
Relevo de transição entre duas superfícies, apresentando, em geral, uma elevada amplitude de relevo, superior a no mínimo 300 metros e vertentes abruptas.
FR7c1 - Escarpas erosivas
Local: Escarpa da Serra do Mar. Mun. de Angra dos Reis e Paraty (RJ).
Foto: Marcelo Eduardo Dantas
FR7c1 - Escarpas erosivas:
Relevo montanhoso caracterizado por um desnível abrupto cujo traçado, geralmente sinuoso, é nitidamente relacionado ao trabalho de erosão regressiva proporcionada pela dissecação fluvial.
FR7c2 - Escarpas estruturais
Local: Serra de Miguel Inácio, Planalto do Distrito Federal.
Foto: Marcelo Eduardo Dantas
FR7c2 - Escarpas estruturais:
Relevo montanhoso caracterizado por um desnível abrupto cujo traçado coincide com o plano de falha que originou tal desnivelamento. Trata-se, portanto, de uma feição resultante do deslocamento vertical ou horizontal de blocos falhados. Também denominada de escarpa tectônica.
FR8a - Cuestas
Local: Planalto Ocidental Paulista, localidade de Botucatu (SP).
Foto: www.polocuesta.com.br/ botucatu/
FR8a - Cuestas:
Forma de relevo dissimétrica constituída por uma sucessão alternada de camadas com diferentes resistências ao desgaste e que se inclinam numa direção, formando um declive suave no reverso (inferior a 30°) e a uma escarpa abrupta ou íngreme na chamada frente de cuesta.
FR11b - Morro
Local: Vale do rio Fagundes entre as localidades de Paty dos Alferes e Petrópolis (RJ)
Foto: Marcelo Eduardo Dantas
FR11b - Morro:
Feição topográfica que consiste num monte pouco elevado, com topos convexos e vertentes, cuja declividade varia entre 10 e 30 graus; as amplitudes de relevo variando entre 100 e 200m de altura.
FR11d - Serra
Local: estrada entre as localidades de São Fidélis e Cardoso Moreira (RJ)
Foto: Marcelo Eduardo Dantas
FR11d - Serra:
Representam formas de relevo acidentadas que se destacam na morfologia regional e apresentam um formato alongado numa determinada direção. O topo é, invariavelmente, demarcado por uma linha de cumeada, sendo delimitado por vertentes íngremes e declivosas em ambos os flancos.
FR11i - Cabeceira de drenagem
Local: Médio Vale do rio Paraíba do Sul,. entre Arapeí e São José do Barreiro (SP)
Foto: Marcelo Eduardo Dantas
FR11i - Cabeceira de drenagem:
Feição côncava (ou concavidade) situada em zonas elevadas do relevo regional onde ocorre uma concentração dos fluxos d’água subterrâneos, no ponto onde o lençol freático aflora a superfície. Área onde surgem os olhos d’água que dão origem a um curso fluvial. É o oposto de foz. Sinônimos são nascentes, fonte, mina, etc.
Ilustração
Transposição de foliações compondo o cenário. Fonte José Tanus Cruz (2019).
Martins, V. S; Ferreira, R. V; G, T. S; Espinheira, A. R. L; Costa, C. A. S; Comerlato, Fabiana. Geoparque Alto Rio de Contas (BA) – Proposta. CPRM, 2017.Pedrosa et al., 2007
Alkmim, F.F. et al. Sobre a evolução tectônica do orógeno Araçuaí-Congo ocidental. Geonomos, Belo Horizonte, v. 15, n. 1, p. 25-43, 2007.
Danderfer Filho, A. 1990. Análise estrutural descritiva e cinemática do Supergrupo Espinhaço na região da Chapada Diamantina (BA). Unpl. Master Thesis, Universidade Federal de Ouro Preto, Ouro Preto, 169p.
Imagens Representativas e Dados Gráficos
Transposição de Foliação S1//S2 Fonte José Tanus Cruz (2019).
Valor Científico (indicativo do valor do conteúdo geocientífico do sítio ou do elemento geológico)
Ítem
Peso
Resposta
Valor
A1 - Representatividade
30
O local ou elemento de interesse é o melhor exemplo, atualmente conhecido, na área de trabalho, para ilustrar elementos ou processos, relacionados com a área temática em questão (quando aplicável)
4
A2 - Local-tipo
20
O local ou elemento de interesse é reconhecido, na área de trabalho, como um dos locais-tipo secundário, sendo a fonte de um ou mais parastratótipo, unidades litodêmicas, parátipo ou sintipo
1
A3 - Reconhecimento científico
5
Existem resumos apresentados sobre o local de interesse em anais de eventos científicos, ou em relatórios inéditos, diretamente relacionados com a categoria temática em questão (quando aplicável)
1
A4 - Integridade
15
Os principais elementos geológicos (relacionados com a categoria temática em questão, quando aplicável) estão muito bem preservados
4
A5 - Diversidade geológica
5
Local de interesse com 1 ou 2 tipos diferentes de aspectos geológicos com relevância científica
1
A6 - Raridade
15
Existem, na área de estudo, 2-3 exemplos de locais semelhantes (representando a categoria temática em questão, quando aplicável)
2
A7 - Limitações ao uso
10
É possível fazer amostragem ou trabalho de campo depois de ultrapassar as limitações existentes
2
Valor Científico
260
Risco de Degradação (dos valores geológicos retratados no sítio ou no elemento geológico)
Ítem
Peso
Resposta
Valor
B1 - Deterioração de elementos geológicos
35
Existem reduzidas possibilidades de deterioração dos elementos geológicos secundários
1
B3 - Proteção legal
20
Local de interesse situado numa área com proteção legal, mas sem controle de acesso
2
B5 - Densidade populacional
10
Local de interesse localizado num município com menos de 100 habitantes por km2
1
B2 - Proximidade a áreas/atividades com potencial para causar degradação
20
Não se aplica.
0
B4 - Acessibilidade
15
Não se aplica.
0
Risco de Degradação
85
Potencial Valor Educativo e Turístico (indicativo de interesse educativo e turístico associado ao valor científico do sítio, sujeito à análise complementar dos setores competentes)
Ítem
P.E
P.T
Resposta
Valor
C1 - Vulnerabilidade
10
10
Possibilidade de deterioração de elementos geológicos secundários por atividade antrópica
3
C3 - Caracterização do acesso ao sítio
5
5
O local de interesse é acessado por estudantes e turistas, mas só depois de ultrapassar certas limitações (autorizações, barreiras físicas, marés, inundações etc...)
2
C4 - Segurança
10
10
Local de interesse sem infraestrutura de segurança (vedações, escadas, corrimões, etc.) mas com rede de comunicações móveis e situado a menos de 50 km de serviços de socorro
2
C5 - Logística
5
5
Existem restaurantes e alojamentos para grupos de 50 pessoas a menos de 50 km do local de interesse
3
C6 - Densidade populacional
5
5
Local de interesse localizado num município com menos de 100 habitantes por km2
1
C7 - Associação com outros valores
5
5
Existem diversos valores ecológicos e culturais a menos de 10 km do local de interesse
4
C8 - Beleza cênica
5
15
Local de interesse habitualmente usado em campanhas turísticas locais, mostrando aspectos geológicos
2
C9 - Singularidade
5
10
Ocorrência de aspectos comum nas várias regiões do país
1
C10 - Condições de observação
10
5
A observação de todos os elementos geológicos é feita em boas condições
4
C11 - Potencial didático
20
0
Ocorrência de elementos geológicos que são ensinados no ensino superior
1
C12 - Diversidade geológica
10
0
Ocorrem 2 tipos de elementos da geodiversidade
2
C13 - Potencial para divulgação
0
10
Os elementos geológicos que ocorrem no sítio apenas são evidentes e perceptíveis para quem possui graduação em geociências
1
C14 - Nível econômico
0
5
Local de interesse localizado num município com IDH inferior ao se verifica no estado
1
C15 - Proximidade a zonas recreativas
0
5
Local de interesse localizado a menos de 15 km de uma zona recreativa ou com atrações turísticas
2
C2 - Acesso rodoviário
10
10
Não se aplica.
0
Valor Educativo
195
Valor Turístico
185
Classificação do sítio
Relevância:
Geossítio de relevância Nacional
Valor Científico:
260
Valor Educativo:
195 (Relevância Regional/Local)
Valor Turístico:
185 (Relevância Regional/Local)
Risco de Degradação:
85 (Risco Baixo)
Recomendação
Urgência à Proteção global:
Necessário a longo prazo
Urgência à Proteção devido a atividades didáticas:
Necessário a longo prazo
Urgência à Proteção devido a atividades turísticas:
Necessário a longo prazo
Urgência à Proteção devido a atividades científicas:
Necessário a médio prazo
Unidade de Conservação Recomendado:
UC de Proteção Integral -
Justificativa:
Coordenadas do polígono de proteção existente ou sugerido