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Bacia Sedimentar de Curitiba
Curitiba -
PR , Lat.:
-25.509000778 Long.:
-49.340999603
Última alteração: 22/06/2018 09:14:05
Última alteração: 22/06/2018 09:14:05
Status: Em análise
Geossitio de Relevância Internacional
Valor Científico:
340
Valor Educativo:
330 (Relevância Nacional)
Valor Turístico:
275 (Relevância Nacional)
Risco de Degradação:
225 (Risco Médio)
Identificação
Designação
Nome do Sítio: | Bacia Sedimentar de Curitiba |
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Título Representativo: | |
Classificação temática principal: | Paleontologia |
Classificação temática secundária: | |
Registro SIGEP (Comissão Brasileira de Sítios Geológicos e Paleobiológicos) com o Nº : | Não |
Sítio pertence a um geoparque ou proposta de geoparque: | Não |
Localização
Latitude: | -25.509000778 |
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Longitude: | -49.340999603 |
Datum: | WGS 84 |
Cota: | 920m m |
Estado: | PR |
Município: | Curitiba |
Distrito: | |
Local: | Cidade Industrial |
Ponto de apoio mais próximo: | Nórdica veículos S.A./Volvo |
Ponto de referência rodoviária: | BR 376 |
Acesso: | Acesso direto pela rodovia BR 376, sentido sul, km 596,8; rua Oswaldo Ferreira dos Santos. |
Imagem de identificação
Resumo
Resumo |
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A Bacia de Curitiba constitui o principal substrato geológico da capital do Paraná e municípios vizinhos. Pertence à parte meridional do Rifte continental do Sudeste do Brasil e tem atualmente área de cerca de 3.000 km2. Foi preenchida por depósitos de sistemas de rios distributários provenientes de leques aluviais de borda, associados a baixios alagadiços e lagos, cujo registro não ultrapassa 80m de espessura. Tais depósitos, designados Formação Guabirotuba, são constituídos por areias imaturas (comumente subarcosianas) e lamas, com intercalações cascalhos nas bordas. O desenvolvimento urbano tem sepultado as exposições de sedimentos. Todavia, ainda restam locais de exposição da Formação Guabirotuba em condições de testemunhar a evolução geológica da bacia. Por sua progressiva escassez, constituem localidades-chave para a ciência e educação. E devem, portanto, ser considerados patrimônio geológico relevante, conservados e adequadamente geridos. O geossítio Bacia Sedimentar de Curitiba é um exemplo de local de interesse geológico e paleontológico com relevância científica. Com material extraído deste local, estudos sistemáticos de pesquisadores do Museu de Ciências Naturais da UFPR, Universidade Estadual do Oeste do Paraná e outros colaboradores, permitiram estabelecer idade mais precisa da sedimentação na bacia. A deposição ocorreu do Eoceno médio ao inicio do Oligoceno (42 a 33 Ma), segundo indica recente descoberta de uma rica fauna fóssil. Neste período a América do Sul esteve isolada dos outros continentes e ocorreu uma ampla diversificação dos mamíferos sul-americanos. Algumas ações geoconservação já haviam sido propostas para o local devido à sua relevância estratigráfica e sedimentológica. Visavam promover usos turístico e educativo, mas não foram implementadas. As recentes descobertas paleontológicas aumentaram a importância do local, justificando a necessidade da retomada dos estudos de conservação, por pesquisadores e estudiosos de geoconservação, gestores locais e representantes do Departamento Nacional de Produção Mineral. O geossítio situa-se em área área de cerca de 16ha, com ameaças naturais e antrópicas que exigem ações corretivas e/ou mitigadoras urgentes. Os sedimentos, pouco consolidados, contem estratos ricos em argilas expansivas (esmectitas), que acentuam a erosão quando expostos. As maiores ameaças à integridade ao geossítio, todavia, têm natureza antrópica. O avanço rápido da urbanização desordenada vem aumentando o risco de ocupação da área. Fatores adicionais podem afetar a conservação do geossítio, tais como a proximidade de depósito municipal inativo de resíduos hospitalares, rodovia com tráfego caminhões pesados e duas grandes torres de transmissão de energia elétrica. O geossítio Bacia Sedimentar de Curitiba é uma localidade-chave da bacia. Registro sedimentológico e paleontológico de alta relevância científica para compreensão da evolução geológica das bacias cenozoicas brasileiras e sul-americanas. Mesmo bastante ameaçado, ainda mantém características geológicas necessárias para a pesquisa científica e educação em Geociências. Este contexto levou o grupo de pesquisa Geoconservação e Patrimônio Geológico CNPq/UFPR a iniciar estudo-piloto de geoconservação do local em 2015. Em 2018 foi criada a Área de relevante interesse ecológico (ARIE), por decreto municipal, designada como Parque Paleontológico Formação Guabirotuba – Geossítio de Curitiba. Tornou-se exemplo nacional de geoconservação em zona de expansão urbana. |
Abstract |
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Autores e coautores |
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Luiz Alberto Fernandes, Universidade Federal do Paraná/Programa de pós-graduação em Geologia Fernando Antonio Sedor, Universidade Federal do Paraná/Museu de Ciências Naturais Eliseu Vieira Dias, Universidade Estadual do Oeste do Paraná/Laboratório de Geologia e Paleontologia Édison Vicente Oliveira, Universidade Federal de Pernambuco/Departamento de Geologia Ana Maria Ribeiro, Fundação Zoobotânica do Rio Grande do Sul David Dias Silva, Universidade Federal do Rio Grande do Sul/Doutorando do Programa de pós-graduação em Geociências Flávia Fernanda de Lima, Geodiversidade Soluções Geológicas Ltda. Jean Carlos Vargas, Geodiversidade Soluções Geológicas Ltda. Fernanda Cristine Borato Xavier, Universidade Federal do Paraná/Doutoranda do Programa de pós-graduação em Geologia Renata Floriano Cunha, Universidade Federal do Paraná/Programa de pós-graduação em Geografia Kimberlym Tábata Pesch Vieira, Universidade Federal do Paraná/Curso de graduação em Geologia Grupo de pesquisa CNPq/UFPR em Geoconservação e patrimônio geológico |
Contexto
Geológico
Enquadramento Geológico Geral: |
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Unidade do Tempo Geológico (Eon, Era ou Período): |
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Paleógeno |
Ambiente Dominante: |
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Tipo de Unidade: | Unidade Litoestratigráfica |
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Nome: | Formação Guabirotuba |
Outros: | Cascalho |
Rocha Predominante: | Areia arcoseana |
Rocha Subordinada: | Lama |
Tipo e dimensões do afloramento, contato, espessura, outras informações descritivas do sítio. : |
Cortes em antiga área de empréstimo, de dimensões de até cerca de 250 metros de extensão, por 10 metros de altura. A área do geossítio tem 16 hectares. Nos cortes afloram os sedimentos da Fm. Guabirotuba, na parte superior e topo das colinas, em discordância sobre o embasamento cristalino. Parte das exposições situa-se em faixa sob linhas de transmissão de energia elétrica, de alta tensão. |
Paleontológico
Local de ocorrência |
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Ramos da Paleontologia: |
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Taxons conhecidos: |
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Caracterização Geológica
Rochas Sedimentares
Ambientes Sedimentares: |
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Ambientes: | Antigos |
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Tipos de Ambientes: |
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Descontinuidades Estratigráficas: |
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Não conformidade – rochas sedimentares depositadas sobre rochas ígneas ou metamórficas |
Rochas Ígneas
Categoria: | Não se aplica - Não se aplica |
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Aspectos Texturais: |
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Estruturas: |
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Rochas Metamórficas
Metamorfismo: Regional (dinamotermal) |
Facie Metamorfismo: |
Texturas: |
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Estruturas: |
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Deformação das Rochas
Tipo de Deformação: | Rúptil |
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Regime Tectônico: | Extensional |
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Estruturas Lineares: |
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Estruturas Planas: |
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Feições de Relevo
FR1a - Planícies Aluviais (planícies de inundação) | |
FR1b - Terraços Fluviais | |
FR1d - Leques Aluviais | |
FR1f - Planícies Lacustres | |
FR3b - Zonas de playa/bajada | |
FR11a - Colina |
Ilustração
Interesse
Dados
Pelo Conteúdo |
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Interesse associado |
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Pela sua possível utilização |
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Observações
Observações Gerais |
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A capital paranaense e parte de sua região metropolitana, desenvolveu-se sobre depósitos sedimentares e embasamento metamórfico da Bacia de Curitiba. A bacia pertence a um sistema de riftes cenozoicos, paralelo à costa continental, posteriormente preenchida pelos sedimentos da Fm. Guabirotuba. Tais depósitos sedimentares são conhecidos desde o começo do século passado (Siemiradzki, 1898), mas urbanização avançou preferencialmente sobre eles, encobrindo remanescentes dos depósitos que preencheram a bacia. Um deles é o geossítio Bacia sedimentar de Curitiba, localizado no bairro Cidade Industrial de Curitiba, classificado como uma ocorrência in situ de elevado valor científico. Sua importância está relacionada, sobretudo, às recentes descobertas paleontológicas de animais que habitavam a região no período Paleógeno, quando a América do Sul esteve isolada dos demais continentes, e quando se iniciou expansão dos primitivos mamíferos. Além das valiosas informações paleoambientais, tais descobertas possibilitaram estimar com maior precisão a idade de deposição da Fm. Guabirotuba, tema até então controverso entre pesquisadores. Bacia de Curitiba As primeiras referências à pequena bacia sedimentar são do início do século XX (Carvalho, 1934; Oliveira & Leonardos, 1943). Bigarella & Salamuni (1962) relataram que o marco zero da cidade, a Praça Tiradentes, situa-se sobre depósitos sedimentares. A Bacia de Curitiba localiza-se no Primeiro Planalto Paranaense, no município homônimo e parte da sua região metropolitana, com cerca de 1150 km2 (Riccomini et al., 2004). Almeida (1976) a incluiu no Sistema de Rifts da Serra do Mar, região do sudeste brasileiro formada por vales, montanhas e bacias de origem tectônica, desenvolvido no final do Mesozoico, com estruturação condicionada pelo embasamento (Cinturão Ribeira) de direções ENE e NE. Melo et al. (1985) não incluíram a Bacia de Curitiba no conjunto, alegando falta de conhecimentos para sustentá-la como tal, propondo a denominação de Sistema de bacias tafrogênicas continentais do Sudeste do Brasil. Riccomini (1989) renomeou o sistema como Rift Continental do Sudeste Brasileiro, definido como feição alongada e deprimida, paralela e distante 70 km da linha de costa, entre os estados do Paraná e Rio de Janeiro. O autor situou a Bacia de Curitiba no segmento ocidental do rifte, junto com os grábens de Guaraqueçaba, Sete Barras, Cananéia, assim como as áreas de exposição das formações Alexandra e Pariquera-Açu. A estrutura regional teve sua origem e desenvolvimento associados a reativações de estruturas regionais do embasamento, relacionadas com ruptura continental e formação do oceano Atlântico Sul (Riccomini et al., 2004). Zalán & Oliveira (2005) definiram a mesma estrutura como Sistemas de Riftes Cenozoicos do Sudeste do Brasil, constituído por grábens alongados, assimétricos e mergulhando para NW, nucleados a partir de antigas estruturas dúcteis subverticais do Ciclo Brasiliano. Para estes autores a bacia seria apenas uma depressão topográfica entre os grábens Ribeira e Marítimo, não integrando o sistema de riftes. Segundo Salamuni et al. (2003) a estruturação da bacia relaciona-se à tectônica extensional com o desenvolvimento de falhas normais e formação de um gráben de direção NE-SW, onde se depositou a Fm. Guabirotuba. Há evidências de atividades tectônicas posteriores à deposição, possivelmente vinculadas a evento de compressão com registros transtrativos nos sedimentos e transpressivos no embasamento. O embasamento da bacia é formado por rochas metamórficas pré-cambrianas, que constituem faixa de direção NE-SW composta principalmente por gnaisses bandados, migmatizados, com intercalações de anfibolitos e xistos; em fácies anfibolito, integrantes do Complexo Atuba que, por sua vez, é limitado a noroeste pelo contato com as sequências metassedimentares do Açungui e Setuva e a leste pelos granitóides da Província Graciosa (Siga Jr. et al., 1995). O preenchimento da Bacia de Curitiba é constituído pelos sedimentos da Fm. Guabirotuba, designação proposta por Bigarella & Salamuni (1962), para a unidade composta de cascalhos, areias em parte arcosianas e lamas, e em menor parte pelos recentes depósitos (holocênicos) dos rios que atualmente erodem os depósitos. Outras unidades litoestratigráficas foram propostas, embora não haja consenso sobre a sua adoção: as formações Tinguis e Boqueirão, por Becker (1982) e Piraquara, por Coimbra et al. (1996). Formação Guabirotuba Siemiradzki (1898) registrou, pela primeira vez, a existência de camadas sedimentares assentadas sobre rochas cristalinas no entorno de Curitiba. Tais sedimentos foram descritos inicialmente como cascalhos, argilas esverdeadas e, para o topo do depósito avermelhadas, com intercalações de leitos grossos e finos e espessura que não excederia 40 metros (Carvalho, 1934; Maack, 1947). Ao definir a Fm. Guabirotuba, nome derivado do bairro onde se expunha bem, Bigarella & Salamuni (1962) definiram-na como constituída por argilitos de tons cinza que alteram para avermelhado, com lentes de arcóseo, depósitos rudáceos nas margens da bacia e horizontes de impregnação calcária (caliche), com espessura total de 60 a 80 metros (figura). Coutinho (1955) relatou a ocorrência de pequenos cristais de um mineral róseo geneticamente associado à camadas carbonáticas, identificado como lantanita, um carbonato de elementos terras raras. Coimbra & Riccomini (1985) comparam as ocorrências de caliches (calcretes) da Bacia de Curitiba com as de Taubaté e Resende, também integrantes do RCSB, e sugeriram que esses horizontes de calcário com lantanita, em areias e lamas verdes, indicariam sincronicidade entre as bacias. Ao caracterizar a Fm. Guabirotuba Bigarella & Salamuni (1962) consideraram que sua sedimentação ocorreu em clima semiárido, na forma de leques aluvionais que coalesciam para o centro da bacia em um ambiente playa-lacustre. Com depósitos rudáceos na periferia, lentes de arcoseos (de canais fluviais) e depósitos de lamas na área central. Tal modelo assemelha-se aos anteriormente propostos por Carvalho (1934), Maack (1947), Bigarella & Salamuni (1959), Bigarella et al. (1961), que consideraram os depósitos como fluviais e lacustres. Da mesma forma, como em estudos que se seguiram, que os considerou depósitos de leques aluviais coalescentes para lacustre (Becker, 1982; Salamuni et al., 1999). Lima et al. (2013) definiram seis associações de fácies para as lamas, areias imaturas e cascalhos da Fm. Guabirotuba (figura), atribuído-as a depósitos de sistemas distributários fluviais formados em clima úmido com alternância de períodos secos. Nestes teriam se formado horizontes de calcretes, descritos por Cunha (2011), associados a processos predominantemente freáticos. Até poucos anos a idade de preenchimento da bacia era polêmica. Como os depósitos sedimentares eram considerados afossilíferos, sua idade era definida por relações de evolução geomorfológica, comparação com outras bacias do RCSB e escassos dados palinológicos. A descoberta de fósseis na Fm. Guabirotuba (Liccardo & Weinschütz, 2010) deu início a pesquisas paleontológicas sistemáticas, que identificaram nova e diversa fauna paleógena (Sedor et al., 2014), denominada de Guabirotuba, constituída por mamíferos, aves e répteis, dentre outros. A idade de deposição da Fm. Guabirotuba então atribuída ao período Paleógeno, por meio da correlação dos fósseis de mamíferos ali encontrados, com unidades biocronológicas conhecidas como SALMAs (South american land mammal ages). A Fauna Guabirotuba corresponde ao Barrancano, cronoestratigraficamente situado entre o Lutertiano e Bartoniano, no Mesoeoceno (Sedor et al., 2017a). Geossítio Bacia sedimentar de Curitiba O geossítio Bacia sedimentar de Curitiba (Fernandes et al., 2016; Sedor et al., 2017b) foi proposto para geoconservação do patrimônio geológico devido ao seu elevado valor científico. Além de sua grande importância paleontológica, é conhecido e visitado há muitos anos por alunos de graduação em cursos de Geociências. Por ser um local representativo dos sedimentos que preenchem a bacia curitibana, uma importante exposição remanescente da Fm. Guabirotuba. Devido à urbanização, locais didáticos como esse afloramento vêm se tornando cada vez mais escassos. Este foi outro motivo para a proposta de sua proteção, além do excepcional registro paleontológico. Medidas de geoconservação que vêm sendo discutidas, desde 2015 (Lima et al., 2015), entre a Secretaria do Meio Ambiente de Curitiba e integrantes do Grupo de pesquisa em Geoconservação e patrimônio geológico do CNPq/UFPR e Museu de Ciências Naturais da UFPR, em cooperação com a empresa Geodiversidade Soluções Geológicas Ltda. Tais iniciativas recentemente culminaram na criação de uma Área de relevante interesse ecológico (ARIE), designada Parque paleontológico Formação Guabirotuba – Geossítio de Curitiba, um parque municipal para conservar, garantir a pesquisa e divulgação científica. |
Bibliografia |
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Imagens Representativas e Dados Gráficos
Conservação
Unidade de Conservação
Nome da UC | Tipo da UC | Unidade de Conservação | Situação da Uc |
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Geos. Curitiba - Pq. Paleont. Fm. Guabirotuba (Municipal) | UC de Proteção Integral | Parque |
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Proteção Indireta
Relatar: | |
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Uso e Ocupação
Propriedade do Terreno | ||||
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Público / Municipal |
Area Rural |
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Area Urbana |
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Fragilidade |
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Razoável |
Dificuldade de Acesso e aproveitamento do solo: |
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Quantificação
Valor Científico (indicativo do valor do conteúdo geocientífico do sítio ou do elemento geológico)
Ítem | Peso | Resposta | Valor |
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A1 - Representatividade | 30 | O local ou elemento de interesse é o melhor exemplo, atualmente conhecido, na área de trabalho, para ilustrar elementos ou processos, relacionados com a área temática em questão (quando aplicável) | 4 |
A2 - Local-tipo | 20 | O local ou elemento de interesse é reconhecido como holostratótipo ou unidade litodêmica nos léxicos estratigráficos do Brasil e da Amazônia Legal ou documentos similares, ou é a fonte de um holótipo, neótipo ou lectótipo registrado em publicações científicas, de acordo com o código (ICZN, ICBN ou ICN) vigente na época da descrição e cadastrado na Base de Dados Paleo da CPRM ou bases similares ou é um sítio de referência da IMA; | 4 |
A3 - Reconhecimento científico | 5 | É um sítio já aprovado pela SIGEP e/ou existem artigos sobre o local de interesse em livro, em revistas científicas internacionais... | 4 |
A4 - Integridade | 15 | O local de interesse não está muito bem preservado, mas os principais elementos geológicos (relacionados com a categoria temática em questão, quando aplicável) ainda estão preservados | 2 |
A5 - Diversidade geológica | 5 | Local de interesse com 3 ou 4 tipos diferentes de aspectos geológicos com relevância científica | 2 |
A6 - Raridade | 15 | O local de interesse é a única ocorrência deste tipo na área de estudo (representando a categoria temática em questão, quando aplicável) | 4 |
A7 - Limitações ao uso | 10 | É possível fazer amostragem ou trabalho de campo depois de ultrapassar as limitações existentes | 2 |
Valor Científico | 340 |
Risco de Degradação (dos valores geológicos retratados no sítio ou no elemento geológico)
Ítem | Peso | Resposta | Valor |
---|---|---|---|
B1 - Deterioração de elementos geológicos | 35 | Possibilidade de deterioração dos principais elementos geológicos | 3 |
B3 - Proteção legal | 20 | Local de interesse situado numa área com proteção legal e com controle de acesso | 1 |
B4 - Acessibilidade | 15 | Local de interesse localizado a menos de 100 m de uma estrada asfaltada com local para estacionamento de veículos | 4 |
B5 - Densidade populacional | 10 | Local de interesse localizado num município com mais de 1000 habitantes por km2 | 4 |
B2 - Proximidade a áreas/atividades com potencial para causar degradação | 20 | Não se aplica. | 0 |
Risco de Degradação | 225 |
Potencial Valor Educativo e Turístico (indicativo de interesse educativo e turístico associado ao valor científico do sítio, sujeito à análise complementar dos setores competentes)
Ítem | P.E | P.T | Resposta | Valor |
---|---|---|---|---|
C1 - Vulnerabilidade | 10 | 10 | Possibilidade de deterioração dos principais elementos geológicos por atividade antrópica | 2 |
C2 - Acesso rodoviário | 10 | 10 | Local de interesse localizado a menos de 100 m de uma estrada asfaltada com local para estacionamento de veículos | 4 |
C3 - Caracterização do acesso ao sítio | 5 | 5 | O local de interesse é acessado por estudantes e turistas, mas só depois de ultrapassar certas limitações (autorizações, barreiras físicas, marés, inundações etc...) | 2 |
C4 - Segurança | 10 | 10 | Local de interesse sem infraestrutura de segurança (vedações, escadas, corrimões, etc.) mas com rede de comunicações móveis e situado a menos de 50 km de serviços de socorro | 2 |
C5 - Logística | 5 | 5 | Existem restaurantes e alojamentos para grupos de 50 pessoas a menos de 15 km do local de interesse | 4 |
C6 - Densidade populacional | 5 | 5 | Local de interesse localizado num município com mais de 1000 habitantes por km2 | 4 |
C7 - Associação com outros valores | 5 | 5 | Existem diversos valores ecológicos e culturais a menos de 10 km do local de interesse | 4 |
C9 - Singularidade | 5 | 10 | Ocorrência de aspectos únicos e raros no país | 4 |
C10 - Condições de observação | 10 | 5 | A observação de todos os elementos geológicos é feita em boas condições | 4 |
C11 - Potencial didático | 20 | 0 | Ocorrência de elementos geológicos que são ensinados em todos os níveis de ensino | 4 |
C12 - Diversidade geológica | 10 | 0 | Ocorrem mais de 5 tipos de elementos da geodiversidade (mineralógicos, paleontológicos, geomorfológicos, etc.) | 4 |
C13 - Potencial para divulgação | 0 | 10 | O público necessita de algum conhecimento geológico para entender os elementos geológicos que ocorrem no sítio | 3 |
C14 - Nível econômico | 0 | 5 | Local de interesse localizado num município com IDH superior ao que se verifica no estado | 3 |
C15 - Proximidade a zonas recreativas | 0 | 5 | Local de interesse localizado a menos de 5 km de uma zona recreativa ou com atrações turísticas | 4 |
C8 - Beleza cênica | 5 | 15 | Não se aplica. | 0 |
Valor Educativo | 330 | |||
Valor Turístico | 275 |
Classificação do sítio
Relevância: | Geossítio de relevância Internacional |
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Valor Científico: | 340 |
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Valor Educativo: | 330 (Relevância Nacional) |
Valor Turístico: | 275 (Relevância Nacional) |
Risco de Degradação: | 225 (Risco Médio) |
Recomendação
Urgência à Proteção global: | Necessário a médio prazo |
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Urgência à Proteção devido a atividades didáticas: | Necessário a curto prazo |
Urgência à Proteção devido a atividades turísticas: | Necessário a médio prazo |
Urgência à Proteção devido a atividades científicas: | Necessário a curto prazo |
Unidade de Conservação Recomendado: | Não se aplica - |
Justificativa: |
Coordenadas do polígono de proteção existente ou sugerido
Responsável
Nome: | Luiz Alberto Fernandes |
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Email: | lufernandes@ufpr.br |
Profissão: | Geólogo, Professor Sênior |
Instituição: | Universidade Federal do Paraná - UFPR |
Currículo Lattes: | http://lattes.cnpq.br/4959270301217109 |